sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ministério da Saúde diz reconhecer queixas de bombeiros

O Ministério da Saúde diz ter «consciência do momento de dificuldades» dos parceiros do sector e «reconhece o enorme esforço» para contribuir para a contenção da despesa, num comentário às dificuldades divulgadas pelos bombeiros.

Em resposta enviada hoje à Agência Lusa, a tutela sublinhou que a contenção da despesa é indispensável para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

«Exactamente por reconhecer estas dificuldades é que o ministro da Saúde nomeou um grupo de trabalho para melhorar a gestão de hospitais e contribuir para um melhor uso dos recursos financeiros disponíveis», lê-
se.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) alertou hoje para o risco de algumas corporações «paralisarem», se o Governo não arranjar solução para as dívidas que os hospitais têm para com estas associações de socorro.

Em declarações à agência Lusa, Duarte Caldeira referiu que «um pouco por todo o país» existem situações de dívida dos estabelecimentos hospitalares às corporações de bombeiros, essencialmente devido ao serviço de transporte de doentes, e apontou a situação da Póvoa do Varzim como sendo a mais preocupante.

«Registamos com particular gravidade a situação dos bombeiros da Póvoa de Varzim, porque estamos a falar de uma dívida de 150 mil euros. Desse valor, 120 mil dizem respeito a dívidas do agrupamento hospitalar da Póvoa de Varzim», apontou.

Entretanto, o presidente dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim anunciou que a instituição vai receber, dentro de dias, 26 mil euros do Centro Hospitalar local, referentes às facturas de 2010 que estavam em atraso.

«Ontem [quarta-feira], contactámos o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim ¿ Vila do Conde e informaram-nos que no início da próxima semana as facturas de 2010 serão liquidadas. Na fase de sufoco financeiro que atravessamos, esta é uma excelente notícia, já que esses 26 mil euros permitem encarar com alguma tranquilidade o mês de Setembro», disse à Lusa Rui Coelho.

Fonte: IOL