sexta-feira, 13 de julho de 2012

PS alerta para asfixia financeira dos Bombeiros Voluntários de Macedo


O Partido Socialista frisa que a situação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros atingiu o seu limite.
Os socialistas referem que a Câmara Municipal é a única entidade com poder de resolução da dívida dos Bombeiros Voluntários que ronda os 200 mil euros.
Rui Vaz afirma que está em causa o salvar de vidas humanas e lança um ultimato ao Município para avançar com a compra do antigo quartel dos Bombeiros de Macedo.

PS 1 
“Está em causa a proteção civil do concelho de Macedo. A entidade responsável pela proteção civil do concelho de Macedo é a Câmara Municipal, na pessoa do Senhor Presidente, poderá delegar mas é na sua pessoa que está a responsabilidade da proteção civil. Nós trouxemos um ultimato à Câmara Municipal que depois de esgotadas todas as possibilidades de apoio, de solução destes problemas está na Câmara Municipal a solução. É a única entidade que neste momento pode ultrapassar esta questão”, frisa o vereador socialista. Rui Vaz diz ainda que “não há subsídios, nós fomos contra a atribuição de um subsídio de 50 mil euros que, dissemos na altura, não resolvia problema nenhum. O quartel antigo dos bombeiros foi a hasta pública, aquele concurso ficou deserto. Chegou a hora, sugerimos à Camara Municipal em relação a investimentos que estejam para ser feitos no decorrer deste ano, que sejam suspensos. Nós estaremos sempre do lado da Câmara para suspender os investimentos que sejam necessários e para salvarmos uma associação que é o que garante o socorro das populações”, frisa o socialista.

Os socialistas reuniram com a Associação Humanitária de Macedo na semana passada e perceberam que a situação está a cada dia mais gravosa.
Para o líder da concelhia socialista de Macedo, esta situação já atingiu o limite da sustentabilidade há um ano e urge garantir a proteção civil dos cidadãos.


“Estivemos com a direção da Associação uma reunião na quinta-feira. Foi uma reunião dos vereadores do Partido Socialista com a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros. Constatamos aquilo que se passava já há um ano atrás, não há evolução da situação, o passivo mantem-se, a divida dos bombeiros é a mesma. Uma Associação que têm o equipamento operacional penhorado. As ambulâncias estão penhoradas, dois veículos de combate ao incendio estão penhorados, o quartel antigo dos bombeiros está penhorado. Esta situação já tinha atingido o limite há um ano atrás, o que nós sugerimos não foi atendido e aquilo que estamos a dizer é que passado um ano isto é insustentável”, afirma Rui Vaz. “Percebemos, reunindo com a Associação Humanitária dos Bombeiros que a qualquer momento as portas podem ser encerradas, a nós não nos passa pela cabeça que isto possa acontecer, por isso, alertamos e em definitivo responsabilizando a Câmara para que isto se ultrapasse de uma vez por todas e possamos garantir a proteção civil aos nossos cidadãos, no que diz respeito ao apoio que é dado pelos bombeiros”, conclui o vereador.

Na últiam reunião de Câmara, o Partido Socialista solicitou ainda uma reunião com caráter de urgência com o Município e a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo para debater a situação financeira da instituição.

Não está nas mãos da Câmara Municipal resolver a grave situação que a Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros está a viver.
Esta é a posição do líder da Concelhia Social-Democrata de Macedo.
Em resposta ao PS, que frisou que o Município é a única entidade com poder para a aquisição do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários e alegando ser esta a única solução para retirar a instituição da asfixia financeira que atravessa, Carlos Barroso sublinha que esta é uma questão muito delicada e não pode ser tratada com leviandade.

“É importante que se diga que a Câmara Municipal apoia a Associação Humanitária dos Bombeiros todos os anos com protocolos de colaboração em que eles nos prestam determinados serviços. Importa também referir que apoiamos a construção do novo quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo, recentemente inaugurado”, realça. Carlos Barroso sublinha que “os Municípios atravessam dificuldades financeiras e não é com leviandade que se diz que a Câmara Municipal tem que adquirir o imóvel de 200 mil euros, tudo isso tem que estar devidamente planificado e não é de um momento para o outro que isso se resolve”, realça o social-democrata.

Carlos Barroso realça que os problemas têm que ser resolvidos de forma eficaz e racional.
E sublinha que a resolução desta problemática não é um exclusivo da Câmara Municipal.

Devido á forma leviana que o PS nos habituou a governar é que o país se encontra assim, ou seja, deitarmos dinheiro para cima dos problemas.  A resolução dos problemas tem que ser feita de forma racional e de uma vez por todas”. Carlos Barroso diz ainda que “há outras formas de obtenção de receita, nomeadamente a Sociedade Civil a quem os Bombeiros prestam um grande serviço deverão também ajudar na resolução deste problema”, “hoje não é possível os Municípios arcarem com o financiamento global de todas as associações do concelho”, sublinha. Carlos Barroso destaca que “não está, de todo, ou em exclusividade, nas mãos da autarquia a resolução dessa situação, agora estamos sempre disponíveis para ajudar associações importantes, como a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários”, conclui Carlos Barroso.

Recordo que os socialistas de Macedo de Cavaleiros fizeram um ultimato à Câmara Municipal para a aquisição do antigo imóvel dos Bombeiros Voluntários.
Agora, o líder da concelhia social-democrata rejeita que esteja nas mãos da autarquia a solução definitiva para a dívida da Associação Humanitária que ronda os 200 mil euros.