domingo, 28 de fevereiro de 2010

Faculdade proíbe héli do INEM


A Faculdade de Desporto cansou-se de servir de heliporto do "S. João". As constantes aterragens, durante quatro anos, danificaram o edifício e os jardins da instituição. Desde o ano passado, que o héli do INEM deixou de aterrar junto do maior hospital da região.

O helicóptero do INEM começou a aterrar na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (nas traseiras do S. João) quando avançaram as obras na Urgência do hospital. Os contentores que acolheram provisoriamente o serviço foram instalados sobre o heliporto, impedindo as aterragens. INEM e faculdade acreditavam que, após a empreitada, o heliporto seria reactivado, mas tal não aconteceu.

As frequentes aterragens no átrio da Faculdade deixaram o cimento do chão partido e comprometeram o crescimento de algumas árvores. A deslocação de ar provocada pelas pás do helicóptero faziam estremecer a estrutura em vidro que rodeia o recinto de tal forma que, na primeira vez, temeu-se que não aguentasse.

"Abanou tanto que achámos que ia rebentar tudo. Depois, decidimos abrir as portas laterais para deixar correr o ar e melhorou um pouco, mas entrava lixo por todo o lado", conta Rui Faria, vogal do Conselho Directivo, acrescentando que, nalguns dias, o héli chegava a aterrar mais de duas vezes.

Os episódios são inúmeros e alguns até cómicos: "Uma vez a aterragem coincidiu com um churrasco da associação de estudantes. Tiraram tudo à pressa, mas ficaram os molhos", conta o responsável. Rindo, lembrou como a ventania atirou os molhos contra os vidros da faculdade.

Passaram-se quatro anos e o hospital não deu sinais de que iria reabrir o heliporto. A direcção da faculdade chamou o INEM e pediu que só voltasse a aterrar ali em casos de extrema necessidade. "Somos solidários, mas tudo tem limites", justifica Rui Faria. Desde aí, o héli não voltou a pousar nas imediações do S. João.

Direcção do hospital em silêncio

A administração do hospital não quis pronunciar-se, remetendo explicações para o INEM. É certo que o projecto inicial de requalificação do S. João previa a construção de um heliporto, mas a direcção não quis dizer se esse equipamento será concretizado.

O INEM, por sua vez, afirma que não é responsável pela criação de estruturas para aterrar o helicóptero de emergência. A delegação Norte do INEM "reconhece e enaltece" a colaboração da faculdade nos últimos anos e admite que, sem o heliporto do S. João, os doentes demoram mais tempo a chegar ao destino.

Actualmente, o héli do INEM aterra no Pedro Hispano (Matosinhos) e no aeroporto (Maia) em caso de transportes nocturnos com muito más condições atmosféricas. Os doentes são, depois, transportados de ambulância. A partir de Abril, a plataforma de Massarelos, na marginal do Douro, estará pronta a receber o heli de emergência com doentes para o Hospital de Santo António.

Fonte: JN

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Instrução 26/02/2010

Quem somos?!?
Grupo do VUCI!

Grupo do VSAE

Paulo Lopes mostra ARICAS


Luís Fernandes mostra fato de aproximação

Srº Comandante mostra e explica fato de intervenção em matérias perigosas!


Mais explicações do Srº Comandante



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Assembleia municipal quer reabertura da Escola de Bombeiros


A Assembleia Municipal de Bragança exige a manutenção do pólo da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) na cidade.

Esta sexta-feira foi aprovada uma moção nesse sentido, apresentada pelo grupo municipal do PSD.

O deputado Rui Correia, que é também presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Bragança, considera que a escola está a fazer muita falta para garantir as horas de formação obrigatórias aos bombeiros.

“No distrito existem cerca de 900 bombeiros que têm de ter 70 horas de formação anuais e para isso eles têm de se deslocar aos pólos da ENB ou então vem cá um formador” explica Rui Correia, salientando que “atendendo à especificidade de algumas formações, pode não haver meios como é o caso de viaturas para desencarceramento”.


“A escola está a fazer muita falta” realça, acrescentando que “há muito dinheiro a sair dos cofres das associações humanitárias para pagar essa formação”.

Por outro lado, refere o caso da corporação de Bragança, onde existem “30 estagiários que passaram a bombeiros de 3ª que ainda lhe falta uma formação de 30 horas porque ainda não tivemos formador”.


Durante a sessão, o deputado do PS Fernando Lima, que é também presidente da direcção dos bombeiros de Izeda, revelou que naquela vila vai abrir, até ao Verão, um campo de formação.

A corporação disponibilizou o espaço.

“Com o aval da liga de bombeiros iniciamos a construção de uma unidade de formação para as formações de incêndios florestais e industriais” adianta Fernando Lima. “Estamos a ultimar a construção do campo de treinos com a ajuda câmara que asfaltou o terreno e os bombeiros adquiriram e transportaram desde o porto do Leixões vários contentores para as diferentes modalidades dos exercícios” explica.


Mas os responsáveis concordam que este espaço não vai suprimir a falta do pólo da ENB em Bragança.

“Ajuda, mas não resolve” considera o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Bragança. “Há outras formações como é o caso de tripulante de ambulâncias, mergulho ou grande ângulo que não podem ser dadas aqui” acrescenta Rui Correia.

A moção foi aprovada por maioria, com a abstenção do deputado da CDU.

Escrito por Brigantia

Aviso vermelho: tempestade perfeita aproxima-se


O Instituto de Meteorologia pôs em aviso vermelho de mau tempo dez distritos nacionais: Leiria, Castelo Branco, Braga, Viseu, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Porto e Coimbra, estando os restantes em aviso "laranja" devido ao agravamento das condições meteorológicas. Os especialistas confirmam as previsões de agravamento do estado do tempo a partir do final da tarde de hoje, primeiro na Madeira e depois em todo o continente.

São esperadas chuvas e muito vento, sendo este a maior preocupação da Protecção Civil. Em alerta laranja vão ficar 14 distritos – todos os do norte e centro do país e em alerta “Amarelo” os restantes quatro distritos, abrangendo todo o Alentejo e Algarve.

No Funchal, a fraca visibilidade já motivou o desvio de aviões no aeroporto da cidade madeirense: dois aviões foram conduzidos para o aeroporto do Porto Santo e um voo da EasyJet foi cancelado.

A Protecção Civil reuniu ao início da tarde com o Instituto de Meteorologia, e também com representantes da PT, da REN e da EDP, no sentido de uma articulação entre instituições devido ao agravamento das condições de mau tempo. O alerta da Protecção Civil é "laranja" em 14 distritos e "amarelo" nos restantes quatro.

O Instituto de Meteorologia prevê que o vento possa atingir rajadas de 150 Km/hora, no litoral norte do país. O nível de alerta vermelho mantém-se até às 24 horas de sábado, sendo que as horas mais críticas serão as da manhã de amanhã. "Aconselhamos especial atenção à fixação de estruturas exteriores e na condução, e também nas áreas adjacentes aos rios Douro, Vouga e Tejo", sublinhou Gil Martins, da Protecção Civil.

As previsões de mau tempo não são exclusivas a Portugal: Espanha está em alerta devido à aproximação de uma tempestade em formação no oceano Atlântico que deverá provocar rajadas de vento na ordem dos 160 Km/hora. Os meteorologistas falam numa "tempestade perfeita", referindo uma ciclogénesis explosiva, ou seja, um ciclone que se forma em poucas horas. Esperam-se ventos muito fortes e grande ocorrência de chuva forte hoje e durante todo o fim-de-semana. Dada a gravidade das previsões, a Protecção Civil espanhola pondera mesmo aumentar para vermelho o nível de alerta. O Inverno deste ano é um dos mais chuvosos: a Península Ibérica não assistia a uma estação fria com estas características desde 1963.

No Reino Unido está em alerta para as cheias, devido às fortes chuvas. Na Escócia, várias escolas estão fechadas e a neve alcançou os 41cm.
Também no Egipto, o mau tempo já provocou estragos e matou pelo menos quatro pessoas. A capital, Cairo, ficou paralisada devido à queda de granizo, avançaram esta manhã os meios de comunicação locais. Além dos quatro mortos confirmados, a imprensa agípcia avança que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas na sequência do mau tempo no país.

Fonte: I informação

Ambulância do INEM sem desfibrilador tem cinco anos e quase 200 mil quilómetros


Celso Ferreira “chocado” com estado da ambulância INEM entregue aos Bombeiros de Rebordosa

Numa visita de trabalho às instalações dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, com vista a planear os investimentos para os próximos quatro anos, Celso Ferreira disse-se "chocado" perante o estado da ambulância do INEM entregue, recentemente, àquela corporação.
Algumas das críticas apontadas, quer pelo autarca quer pela vereadora da Protecção Civil, Raquel Moreira da Silva, são o facto de, além de o veículo não ser novo – trata-se de um carro com matrícula do ano 2005 e com 195 mil quilómetros – ter uma cor desbotada que dá aspecto de o terem ido "buscar ao sucateiro" e não estar equipado com um desfibrilador.

Segundo o autarca é "uma vergonha a forma como o concelho é tratado pela protecção civil nacional, neste caso pelo INEM". "Como é óbvio a Câmara não pode permitir que os bombeiros sejam tratados com tamanha falta de respeito e consideração. É chocante ver o INEM mandar para Rebordosa aquilo que não serve para Faro", sustentou Celso Ferreira ao VERDADEIRO OLHAR, prometendo para os próximos dias uma posição pública.

"Falta de respeito" para com os soldados da paz

A ausência de um desfibrilador no veículo foi um dos motivos de crítica. "Se alguém de Rebordosa tiver um AVC e ligar para o 112 a ambulância que o poderá assistir não será esta", frisou o presidente da Câmara. "Aliás, pelo que sei, esta ambulância não pode sair daqui porque não tem os equipamentos mínimos básicos para preencher os critérios do INEM", reforçou.

"Tudo o que sirva para socorrer é bom", defendeu, por seu lado, o comandante da corporação ainda durante a visita. Mais tarde, o vice-presidente dos Bombeiros de Rebordosa acrescentou ao nosso jornal que todos os apoios, vindos da comunidade, da autarquia ou do Governo, são bem-vindos e não são "renegados". "Recebemos esta ambulância com a promessa de ser criado aqui um Posto de Emergência Médica (PEM). Quanto à viatura ser usada ou não ser foi a que chegou", explicou Henrique Silva.

Promessa de nova ambulância aquando da instalação do PEM

A corporação de Rebordosa já funciona como reserva INEM, o que significa que quando as unidades (do INEM) têm sobrecarga de trabalho recorrem aos meios dos Bombeiros desta cidade paredense, havendo um protocolo que lhes permite fazer esses serviços. Para a criação do PEM é necessário cumprir critérios, sendo que os soldados da paz rebordosenses têm já três bombeiros com formação TAS e um enfermeiro em condições de tripular essa ambulância. "Queremos ter condições para assegurar três equipas, em turnos de oito horas, para assegurar a cobertura 24 horas", disse o vice-presidente.

Henrique Silva não escondeu que a corporação gostaria de ter um equipamento novo, mas diz que estão a aguardar o cumprir de uma promessa: "Há a promessa de que quando for instalado o PEM nos será entregue uma viatura nova", algo que poderá acontecer dentro de seis meses, adiantou.

Fonte:verdadeiroolhar

INEM: técnicos de ambulância desmentem substituição de enfermeiros


O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) desmente a substituição de enfermeiros em qualquer das áreas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), contrariando a versão dos enfermeiros, que estão em greve esta quinta-feira. O STAE referiu, no entanto, partilhar de algumas reivindicações do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) relativamente a «questões laborais, nomeadamente pagamentos em atraso».

Em comunicado, o STAE refere ser o «único específico dos profissionais do INEM e que representa legalmente 85 por cento dos seus funcionários» e, por isso, pretende «repor a verdade dos factos nos pontos que tocam directamente à classe profissional dos Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE)».

INEM: 90 por cento dos enfermeiros em greve

Assim, o STAE desmente qualquer tipo de substituição de enfermeiros, tendo em conta que a «criação dos Técnicos de Emergência Médica visa dotar os actuais técnicos (TAE), que apenas possuem 258 horas de formação, de 1550 horas de formação tutelada por médicos». Este aumento de formação, segundo o sindicato, «irá corresponder a um claro e inequívoco aumento da qualidade e segurança do socorro prestado aos portugueses».

Fonte: IOL Diário

GNR de Bragança quer integrar brigadas do GIPS


Integrar o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro no comando distrital de Bragança da GNR. Essa ideia foi defendida pelo próprio comandante António Fernandes, durante a cerimónia que assinalou os 97 anos da Unidade Territorial de Bragança, esta quarta-feira.

Os Gips são um grupo de militares da GNR de defesa florestal, e dependem de um comando instalado em Lisboa.

Mas António Fernandes quer incluí-los sob a sua alçada.

“Ainda têm um comando directo de Lisboa. Não temos nada contra isso e que deverá continuar, mas só a parte técnica. A coordenação do serviço deveria ser incluído no Comando de Bragança, para haver um melhor aproveitamento dessa força”, sublinhou. Já sobre as equipas fiscais, “estão a ser criadas agora e o comando entendeu que deveria haver essas equipas para dar continuidade ao trabalho feito pela extinta brigada fiscal”.

A cerimónia decorreu este ano pela primeira vez mas vai passar a realizar-se todos os anos, assinalando o dia de criação do Comando Territorial de Bragança, em 1913.

No entanto, e apesar de o comandante António Fernandes garantir que os focos de instabilidade interna criados pela última reorganização, em 2009, estão ultrapassados, a Brigantia/CIR tem conhecimento de algum mal-estar com a própria cerimónia, que decorreu em dia de luto nacional pela tragédia na Madeira.

Uma situação que António Fernandes desvaloriza porque “trata-se de uma cerimónia militar que em nada afecta o luto nacional”. “Estamos solidários com a Madeira e isto em nada mancha o luto nacional.”

António Fernandes revelou ainda que tem sido feito o reforço de meios do Comando Distrital de Bragança, com armas, carros e militares.

“Está a chegar armamento novo, estão a chegar veículos novos e há pouco tempo vieram 35 militares, o que para a nossa região é muito bom. Temos os meios suficientes”, considera.

Com a chegada em Janeiro de 35 militares, o comando distrital de Bragança tem agora 650 homens.

Fonte: Brigantia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bombeiro salvou rapaz e morreu à espera de ajuda


INEM diz que demorou 40 minutos e não duas horas.Pai do jovem guiou ambulância dos bombeiros

A morte de um bombeiro em Cerva, Ribeira de Pena, ocorrida no passado dia 30, está a causar polémica na pacata vila do vale do Tâmega pelos contornos que envolveram aquilo que seria uma normal chamada de auxílio.


Na tarde desse dia, os Bombeiros Voluntários de Cerva receberam uma chamada para se deslocarem ao lugar de Asnela para socorrer um jovem que estaria a ter uma crise convulsiva. Na ambulância, como é hábito, seguiram dois bombeiros. Já no local, e quando pegavam na maca para transportar a vítima para dentro da ambulância, um dos bombeiros desfaleceu. A partir deste momento começou uma série de episódios que irão ser averiguados e poderão parar nas instâncias judiciais.

O pai do jovem que estava ser socorrido, em desespero, sentou-se na ambulância ocupando o lugar do motorista e com o outro bombeiro a seu lado pôs-se a caminho de Cerva, percorrendo cerca de cinco quilómetros. Nessa altura já os bombeiros tinham sido avisados do sucedido e quando se cruzaram, perto da vila, um dos tripulantes da segunda ambulância terá assumido a condução do transporte do jovem para o Hospital de Vila Real. Entretanto, Armindo Faria, 42 anos, bombeiro, continuava estatelado em Asnela, acompanhado de uma familiar, onde em poucos minutos terá chegado uma nova ambulância de Cerva enquanto aguardavam pela chegada do INEM.

Segundo o JN apurou, as viaturas médicas de Vila Real e Chaves que normalmente acodem a Ribeira de Pena estavam ocupadas e foi mobilizada a VMER de Guimarães. Cerca de "duas horas depois", segundo fontes dos bombeiros e de familiares da vítima mortal e do jovem assistido, a VMER chegou a Asnela mas apenas confirmou o óbito do bombeiro. A família da vítima não quer pronunciar-se sobre o caso, uma vez que já recorreu a um advogado e apenas espera que "se apure toda a verdade". O comandante dos bombeiros não quis tecer comentários enquanto não abrir um inquérito interno. Em causa está a condução de uma ambulância por alguém não autorizado, situação que pode redundar numa queixa-crime. José Machado, tio do jovem assistido, esteve sempre no local e admitiu ao JN que "nunca passou pela cabeça que conduzir a ambulância era ilegal", focando o estado do irmão que só mais tarde se apercebeu do que fez.

Versão do INEM

Fonte oficial do INEM adiantou ao JN que às 17.10 horas do dia 30, o CODU accionou os Bombeirosa de Cerva para uma emergência. Pouco depois de chegarem ao local, o condutor da ambulância sentiu-se mal, "mas tinha sinais vitais". Às 17.40 horas foi accionado a VMER porque nessa altura foi constatado que o bombeiro tinha entrado em paragem cardio respiratória. Garante o INEM que a VMER de Guimarães (a de Vila Real encontrava-se numa ocorrência com um queimado) demorou 40 minutos a chegar ao local. Conclui que a actuação do INEM e dos Bombeiros foi "adequada".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Escola de voo ajuda a diminuir incêndios


O número de área ardida diminuiu quatro vezes no concelho de Mogadouro desde que está em funcionamento o Centro Internacional de voo à vela.

João Henriques, responsável pelo centro e vice-presidente da autarquia mogadourense, refere que esta descida se deve ao facto de se avistarem mais facilmente as ignições durante as horas de voo, sendo feita a comunicação imediata da ocorrência.

“O número de ignições foram rigorosamente iguais em cada ano antes de o aeródromo abrir e os hectares ardidos foram metade. O que corresponde a quatro vezes menos por ignição desde que o aeródromo abriu. Porquê? Porque do ar se avistam muito mais facilmente as ignições”, explica.

O aeródromo de Mogadouro funciona há quatro anos, com aprovação do INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil), e tem serviço de auxílio á Protecção Civil, no que respeita a matéria de fogos florestais.

“É um aeródromo de referência, até porque foi o último a ser construído e com todas as indicações do INAC, e que está a fazer várias coisas e a dar apoio a várias estruturas, como a escola de voo à vela e a Protecção Civil”.

O aeródromo de Mogadouro a revelar-se uma mais-valia no combate a incêndios florestais. Só no concelho de Mogadouro, a área ardida, nos últimos dois anos diminuiu quatro vezes.

Fonte: CIR

Encontrada solução para cruzamentos desnivelados do IP4


O cruzamento de Vale de Nogueira no IP4, onde há duas semanas, em 24 horas, morreram três pessoas, em dois acidentes de automóvel, vai ser alvo de uma intervenção imediata com vista a criar condições de segurança para reduzir a sinistralidade rodoviária.

Há muitos anos que as populações da zona O cruzamento de Vale de Nogueira no IP4, onde há duas semanas, em 24 horas, morreram três pessoas, em dois acidentes de automóvel, vai ser alvo de uma intervenção imediata com vista a criar condições de segurança para reduzir a sinistralidade rodoviária.

e a Associação de Utilizadores do IP4 há anos que vinham reivindicando uma solução, devido ao perigo que reveste a travessia a partir de Bragada para Vale de Nogueira ou vice-versa. “Tem fraca visibilidade por ser uma zona de ponto baixo e tem umas guardas rígidas que impedem uma boa visibilidade, para ir de Bragada para Vale de Nogueira é preciso atravessar quatro vias, é um movimento bastante perigoso”, explicou Mendes Godinho, da empresa Estradas de Portugal (EP).

As obras vão iniciar-se em breve, estando prevista a data de 15 de Março para o seu arranque, e deverão estar concluídas até ao final daquele mês. Os técnicos acreditam que os melhoramentos a realizar no triângulo Bragada/Vale de Nogueira estarão criadas condições de segurança que não existem actualmente. “Depois se as regras de trânsito forem cumpridas é quase impossível haver acidentes ou pelos menos acidentes tão graves como os últimos, fica salvaguardada para o tipo de acidentes que já houve”, afirmou o governador Civil, Jorge Gomes, durante uma reunião realizada em Bragança na passada sexta-feira, onde estiveram presentes representantes da empresa Estradas de Portugal (EP), da Concessionária da A4 e da GNR. Vão ser promovidas acções de sensibilização sobre as alterações na via, sobretudo nas aldeias de Bragada e Vale de Nogueira, onde “a população ficou muito incomodada com os últimos acidentes, dada a sua gravidade”, referiu o governador, acrescentando que o que está em causa “é a segurança das pessoas”.

Na mesma altura foi adiantado que os outros dois cruzamentos desnivelados, entre Macedo de Cavaleiro e Bragança, nomeadamente o de Quintela de Lampaças e o do Azibo, também vão ser melhorados, a conclusão das obras está prevista até ao final de Maio.

As obras nos três cruzamentos tratam-se de “soluções provisórias” até à entrada em funcionamento da A4, cuja construção vai iniciar-se em Junho e tem um prazo de conclusão de 16 meses. As obras da auto-estrada vão realizar-se de forma faseada, o nó da Amendoeira em Macedo de Cavaleiros poderá estar concluído até ao final de 2010.
Na entrada de Vale de Nogueira /Bragada, onde ocorreram os últimos acidentes com vítimas mortais, vão realizar-se três alterações fundamentais, passa a ser impossível cruzar o IP4 para circular entre as duas localidades, passando os automobilistas a ter de fazer uma deslocação de 2Km pela nacional para entrar no Nó de Quintela, tendo como alternativa percorrer 4km pela via rápida; a que se junta a limitação da velocidade até 70Km/hora; e a instalação de sinalização de grande dimensão. “Na zona, o IP4 passará a ter apenas uma faixa de rodagem em cada via, actualmente tem duas”, explicou Mendes Godinho, da EP.

Em 2009 morreram cinco pessoas no IP4 em 2010, em menos de dois meses, já houve quatro vítimas mortais.
Fonte: O Informativo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um herói unânime


Francisco Belo, bombeiro dos Municipais do Funchal, é descrito como um homem excepcional, sempre pronto a ajudar os outros e protagonista de salvamentos míticos. Morreu ao tentar salvar uma vizinha da enxurrada.

A morte tende a engrandecer as vidas banais, mas a de Francisco Belo, perdida anteontem, aos 48 anos, numa derradeira tentativa de salvar uma vizinha das enxurradas que enojaram a Madeira, não carecia de tal destino para ser já excepcional, garantem colegas, amigos e família. E, do vero luto a que foram obrigados pela tempestade de sábado, constroem uma narrativa biográfica pontuada do necessário para tornar um bombeiro e homem de família numa memória tão heróica como lendária.

A homenagem que vai receber dos Bombeiros Municipais do Funchal é escassa para diluir as lágrimas que enchem os recônditos íngremes onde morava, na Corujeira de Dentro, freguesia do Monte, e onde já só é possível chegar a pé pela estrada desfeita.

Para a família, congregada em torno da dor comum na casa da irmã Idalina, a mais velha de sete irmãos, a homenagem é bonita, mas incapaz de fazer jus a um indivíduo cheio de superlativos. "Ele era 'o especial' da casa", afirma. "Quando era miúdo, a gente tratava-o por 'engenheiro', porque era diferente dos outros: estava sempre a inventar brinquedos e nunca, mas nunca se chateava com ninguém e ajudava sempre todos", garante a senhora que o embalou em menino.

Mais do que a faceta criativa, vingou a dimensão altruísta de Francisco. Que foi a sua perdição. "A gente estava no quarto, fomos à janela e vimos aquela água toda a cair e a vizinha em dificuldades, e ele disse logo: 'Só me vou calçar e vou já ajudar'", recorda a mulher, Natália, 45 anos e luto rigoroso. E Francisco foi. Para não mais voltar. "Dali a pouco ouvi as irmãs dele a gritar que se ia também na enxurrada. E, quando cheguei cá fora, já não o vi mais". Apanhado por um tronco que as águas arrastaram, foi esmagado por ele dentro de uma garagem em construção dezenas de metros mais abaixo. Ficou desfeito.

E, à invocação desse instante funesto, Natália desfaz-se mais ainda em lágrimas, temperadas todavia por melhores recordações. "Era um bom marido, um bom pai - deixou um filho de 21 anos e uma menina de dez, a sua 'princesinha' -, e um grande homem", garante ela. Casada há 25 anos, tantos quantos era bombeiro o seu Francisco, não nutria ciúmes nem recriminava a bigamia do marido: "Adorava a profissão. Se estivéssemos na cama e o chamassem, deixava-me logo e saía a correr", afirma. Apesar de ter sofridos dois ataques cardíacos, "nunca lhe passou pela cabeça deixar a profissão".

E, no seu orgulho justificado, ilustra a carreira de Francisco com episódio já mítico na corporação: "Um dia, foram chamados a apagar um fogo numa casa. Pensava-se que estava lá dentro uma criança, mas aquilo era só lume e ninguém se atrevia a entrar", conta, ensaiando sorriso tíbio.

"Ele ofereceu-se. Entrou, chamou pela criança e nada. Então viu uma Nossa Senhora de Fátima numa mesa e pensou que a criança poderia ter-se escondido debaixo dela. Quando levantou a santa, gritaram de lá de fora que a criança já estava salva e a mesa desfez-se em mil pedaços", assegura. "Os colegas deixaram-no ficar com a santa, por acharem que tinha sido um milagre e era ele que a merecia pela coragem que teve", diz. "Está lá em casa". Fracisco já não - vai a sepultar hoje, pelas 14 horas, no cemitério do Monte onde nasceu.

Fonte: JN

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um ferido em acidente no Alto de Rossas


Um homem ficou ferido com gravidade na sequência de um acidente de automóvel esta tarde, cerca das 14 horas, no IP4, zona do Alto de Rossas, no concelho de Bragança.

Segundo informações da GNR o veículo ligeiro de passageiros, onde seguia só um ocupante, circulava na direcção Macedo de Cavaleiros-Bragança, mas entrou em despite e passou para a outra faixa de rodagem, ficando preso no rail. As más condições do piso devido à chuva podem ter estado na origem do sinistro. Este ano já morreram quatro pessoas em acidentes no IP4. Em todo o ano de 2009 morreram cinco.

Fonte: O Informativo

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O que dizem os outros....sobre a Madeira

Link para o que diz a BBC ( Inglaterra ) sobre a tragédia na Madeira...

Link para o que diz a CNN ( EUA ) sobre a tragédia na Madeira...

C-130 com meios de apoio parte hoje rumo ao arquipélago da Madeira


Lisboa, 21 fev (Lusa) - Uma equipa de mergulhadores da Força Especial de Bombeiros "Canarinhos", uma equipa cinotécnica da GNR e uma equipa do Instituto Nacional de Medicina Legal partem hoje da Base Aérea do Montijo rumo à Madeira, anunciou a Protecção Civil.

Em informações distribuídas por comunicado e veiculadas através da sua página de Internet a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) revela que estas equipas vão viajar para a Madeira a bordo de um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa, com partida prevista para as 09:00 de hoje.

O objetivo destas equipas é "apoiar as operações de socorro em curso na Madeira, na sequência do mau tempo que fustigou o arquipélago".

Fonte: Lusa

Chuvas na Madeira fazem 36 mortos e 70 feridos


O temporal que assolou sábado a Madeira provocou 36 mortos, 70 feridos e 200 desalojados, disse à TSF a secretaria geral dos Assuntos Regionais.

O presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, agradeceu a solidariedade do primeiro ministro em relação à região autónoma, mas deixou um alerta para que todos se lembrem que a região «vive do exterior» e, por isso, é preciso «ter cuidado com as notícias» lançadas para o estrangeiroO primeiro ministro, José Sócrates afirmou que o Governo Regional da Madeira está a saber lidar com esta situaçãoOs apoios foram anunciados e explicados pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que revelou que vão estar ao serviço da região autónoma alguns serviços da protecção civil e uma equipa de cães

O temporal que assolou, este sábado, a Madeira provocou 36 mortos, 70 feridos e 200 desalojados, disse à TSF fonte da secretaria geral dos Assuntos Regionais, num balanço actualizado às 00h00 deste domingo.

O primeiro-ministro e o presidente do Governo regional da Madeira estiveram reunidos durante mais de uma hora na presidência do Governo Regional da Madeira, para se inteirarem pela autoridades da Protecção Civil dos impactos do mau tempo.

Numa conferência de imprensa após a reunião, o presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, agradeceu a solidariedade do primeiro ministro em relação à região autónoma, mas deixou um alerta para que todos se lembrem que a região «vive do exterior» e, por isso, é preciso «ter cuidado com as notícias» lançadas para o estrangeiro.

«Quero agradecer publicamente a solidariedade do sr. primeiro ministro em relação a esta calamidade. Mas deixem-me passar o termo ("calamidade") para dentro de casa», sugeriu.

«Cuidado com as dramatizações, não se pode esquecer que a nossa economia depende muito do exterior, vamos resolver os problemas internamente, não dramatizar muito lá para fora e deixar as instituições funcionar e fazer esquecer nos mercados externos os problemas que houve aqui», acrescentou Alberto João Jardim.

O presidente do Governo Regional disse ainda que «não houve nenhuma incidência grave relacionada com o turismo», por isso, «não vale a pena estar a dramatizar a situação lá para fora».

O primeiro-ministro aterrou no aeroporto do Funchal cerca das 20h30 locais, de onde seguiu para visitar alguns dos locais mais afectados, antes de se dirigir para o Palácio da Vigia. No final da reunião, Sócrates afirmou que o Governo Regional da Madeira está a saber lidar com esta situação.

«O Governo Regional da Madeira tem muito bem controlada a situação. Os serviços de saúde responderam muito bem a esta situação absolutamente extraordinária e, na exposição que o presidente do Governo Regional da Madeira nos fez, percebeu-se que as instituições e as estruturas de protecção civil e do Governo Regional têm uma visão clara do que há a fazer, e isso permite-nos começar imediatamente a trabalhar», afirmou.

Os apoios foram anunciados e explicados pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que revelou que vão estar ao serviço da região autónoma alguns serviços da protecção civil e uma equipa de cães.

«O que está previsto para amanhã é enviar uma ajuda logo ao princípio da manhã que consistirá em duas equipas da GNR com cães, para ajudar na procura de eventuais pessoas desaparecidas. Vamos enviar também três equipas, no total, de seis elementos, que são mergulhadores da Força Especial de Bombeiros para procurar corpos que se possam encontrar no mar. E vamos enviar igualmente cinco médicos do Instituto de Medicina Legal para realizar o mais rapidamente possível as autópsias para que as famílias possam fazer o seu luto», esclareceu.

A forte chuva registada, desde o início da madrugada de hoje, provocou deslizamentos de terras, inundações, e que já vitimou 32 pessoas, sendo considerado o pior temporal na Madeira desde 1993.

Fonte: TSF

56 militares da GNR, 36 bombeiros e 5 equipas das Forças Armadas vão prestar socorro à Madeira


A GNR tem 56 homens e dois cães, do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro, preparados para embarcar ao início da manhã de domingo para a Madeira. A Câmara de Lisboa vai enviar 36 homens do Regimento de Sapadores Bombeiros e as Forças Armadas vão mobilizar 5 equipas.

Dos 56 militares da GNR que o Comando daquela força de segurança disponibilizou, fazem parte "Equipas de Socorro em Inundações, de Resgate em Montanha e com a especialidade de Sapador", precisou o comandante dos GIPS, tenente-coronel Carvalho da Paixão.

O oficial da GNR afirmou que os restantes militares da sua unidade, mesmo os que estavam de fim de semana, "foram chamados para se apresentarem o mais rapidamente possível no quartel do Grafanil", base dos GIPS.

Carvalho da Paixão disse ainda que os "homens que vão para a Madeira têm ordens para estarem prontos a embarcar às 05:30 de domingo", incluindo os cães, do Grupo de Intervenção Cinotécnico, "treinados para a busca de pessoas soterradas ou desaparecidas nos escombros".

Lisboa envia bombeiros

A Câmara de Lisboa explica que os 36 elementos dos Sapadores Bombeiros vão integrar um "módulo de socorro com mais quatro elementos da PSP, acompanhados de quatro cães das equipas cinoténicas daquela força".

Segundo a autarquia, a equipa está "desde já, em prontidão e em permanente articulação com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, prevendo-se que embarquem no domingo de Figo Maduro pelas 07:00 com destino ao Funchal".

Além dos meios humanos, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa vai enviar com os seus elementos equipamento e material de busca, salvamento e escoramento.

Forças Armadas mobilizam cinco equipas na ilha

As Forças Armadas mobilizaram já cinco equipas, bem como dois helicópteros e disponibilizaram alojamento para 130 pessoas num quartel, para dar resposta aos efeitos do temporal que hoje se abateu na Madeira.

Segundo um comunicado na página oficial do Estado-Maior-General das Forças Armadas, "decorrente das condições atmosféricas adversas na região Autónoma da Madeira", as Forças Armadas já mobilizaram cinco equipas do exército.

"Duas equipas de remoção de escombros, duas equipas de transporte de pessoal e uma equipa de especialistas de pontes", lê-se no comunicado.

Além destas cinco equipas, as Forças Armadas têm "dois helicópteros EH-101 estacionados no aeroporto do Funchal".

Foi também providenciado o alojamento para 130 pessoas no Regimento de Guarnição N.º 3, quartel localizado na parte cimeira do Funchal, onde, segundo disse à agência Lusa fonte militar, já se encontram 50 pessoas.

No continente encontram-se, de prontidão, ainda "uma fragata com um helicóptero, uma equipa médica, uma equipa de mergulhadores, duas secções de Fuzileiros e o contentor DISTEX (apoio a situações de catástrofe e emergência) e dois C-130 para o transporte de bombeiros".

O Regimento de Guarnição N.º 3 encontra-se na parte cimeira da Cidade do Funchal, junto ao Estádio dos Barreiros.

Fonte: JN

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tragédia na Madeira

Cinco vítimas mortais, 17 feridos internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos são o actual balanço do temporal que atinge a Madeira desde a madrugada de hoje. Segundo a RTP, o último balanço dá ainda conta de dois desaparecidos outros tantos politraumatizados entre os feridos já registados.

Em declarações na RTP/Madeira, o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava, onde a autarquia apelou à população para que evacue a baixa da vila.

Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.

Outras situações dramáticas ocorreram nas zonas altas, provocando derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).

Neste momento, a baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.

O centro comercial Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado.

O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.

A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.

De acordo com uma fonte do Instituto Nacional de Meteorologia, “o pior já terá passado”, prevendo-se que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.

Nessa hora, choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.

Para além da chuva, os ventos muito fortes, que têm atingido os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima estão a contribuir para o agravamento da situação.

VIDEO1

VIDEO2

Orçamento da Administração Interna para Protecção Civil


...()Ao nível da Consolidação do Sistema de Protecção Civil, reforçar-se-á a vertente de prevenção, investir-se-á na rede de infra-estruturas, e modernizar-se-ão os equipamentos de protecção civil. O objectivo é consolidar o Dispositivo Integrado de Operações de Protecção e Socorro, coordenado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, com flexibilidade e mobilidade, e dotado de elevada capacidade técnica e operacional.
Em termos de coordenação e planeamento, importa realçar o aperfeiçoamento da articulação e coordenação de todos os agentes, a implementação do Sistema de Gestão Operacional das ocorrências de protecção civil (Sado), a revisão e actualização dos planos de emergência em vigor, prosseguindo o processo de elaboração e aprovação de novos planos sectoriais, e a validação do plano relativo ao risco sísmico no Algarve.
A operacionalização do novo regime de segurança contra incêndios em edifícios, a realização de acções de informação e sensibilização, exercícios e simulações, e a promoção da formação dos profissionais e voluntários que integram o sistema, constituirão o cerne das acções de prevenção, sensibilização e formação.
No que respeita aos meios operacionais, é de destacar o reforço da capacidade de fiscalização, prevenção e operacional dos meios próprios do MAI, nomeadamente o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), ambos da GNR, e a Força Especial de Bombeiros (FEB); bem como a instalação do Centro de Recursos de Protecção Civil e Bombeiros.
Um programa de reequipamento das estruturas e forças operacionais e de reabilitação e construção de instalações, quer para os corpos de bombeiros, quer para a ANPC, designadamente aproveitando as oportunidades no âmbito do QREN, e a optimização do emprego dos meios disponibilizados pela Empresa de Meios Aéreos (EMA), incluindo a melhoria gradual da rede de aeródromos e heliportos em que operam esses meios, constituem as principais apostas em termos de infra-estruturas e equipamento.
Já em termos de inovação tecnológica, realce para o reforço da interoperabilidade e consolidação dos sistemas de informação de apoio ao planeamento e à decisão operacional, bem como para a progressiva generalização da utilização da rede SIRESP.
Em termos orçamentais, a ANPC conhecerá um crescimento de 13,9% do seu orçamento de funcionamento face a 2009...()


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não é ficção... É realidade...

INEM acusado de atrasar instalação de desfibrilhadores


O INEM está a ser acusado de atrasar a emissão de licenças para instalação e uso de desfibrilhadores automáticos externos nos espaços públicos. A lei prevê uma decisão em 30 dias, mas há entidades que fizeram o pedido em Novembro e ainda não têm resposta.

O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) está, inclusive, a ponderar recorrer à justiça para obrigar o INEM a pronunciar-se sobre o pedido de licença para instalação e uso dos desfibrilhadores no recinto da universidade, entregue em Novembro do ano passado.

O presidente do ISEP, João Rocha, vai mais longe e admite responsabilizar o INEM caso ocorra um acidente que possa ser minimizado com o uso autorizado de um desfibrilhador automático externo (DAE). "Fizemos tudo o que tinhamos a fazer e não temos resposta. De quem é a responsabilidade se houver um acidente?", questiona o responsável, em declarações ao JN.

A gota de água para a direcção do ISEP foram as recentes declarações do presidente do INEM à Rádio Renascença, descartando responsabilidades por não haver mais desfibrilhadores em todo o país. Note-se que há centros comerciais, estádios, aeroportos que já manifestaram interesse na aquisição e instalação daqueles dispositivos, capazes de reverter um quadro de paragem cardio-respiratória.

Abílio Gomes afirmou, no passado dia 15, que oito entidades pediram licenciamento para uso de DAE - desde a publicação do decreto-lei em Agosto de 2009 - mas apenas uma, "o Rotary Club de Guimarães, reuniu os requisitos e foi autorizada". "A partir do momento em que as condições sejam garantidas, o INEM licencia. Da nossa parte não há demora", declarou o presidente do INEM.

João Rocha não gostou do que ouviu. "É muito estranho que, havendo um pedido sem resposta, se venha dizer em público que todos os outros não cumprem os requisitos", lamenta o líder do ISEP. Pelas instalações da universidade passam diariamente mais de seis mil alunos e trabalham 430 docentes e 140 funcionários. A probabilidade de alguém ter uma paragem cardio-respiratória é real, pelo que a direcção do ISEP decidiu adquirir, no ano passado, um desfibrilhador e formar cinco funcionários, entre os quais o vice-presidente. Está tudo a postos, desde Novembro. Falta a autorização do INEM.

Igualmente à espera está a Sonae Sierra que pretende instalar desfibrilhadores nos centros comerciais de todo o país. Ao contrário do ISEP, a empresa não avançou com um pedido de licenciamento, mas com um pedido de esclarecimentos sobre a implementação de DAE nos espaços públicos. Depois de muita insistência, recebeu resposta este mês.

É intenção do grupo associar-se a uma empresa que organiza programas de Desfibrilhação Automática Externa. Enquanto esta empresa - que entregou o pedido de licenciamento em Novembro e também ainda não teve resposta - não for certificada pelo INEM, não haverá desfibrilhadores nos centros comerciais.

Fonte: JN

Ordem quer explicações sobre situação no INEM


A Ordem dos Enfermeiros quer ser recebida no Ministério da Saúde para abordar a situação dos profissionais ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Em causa está a instabilidade sentida pelos enfermeiros, tendo os sindicatos convocado uma paralisação para o dia 25.

Recorde-se que os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV)queixam-se da falta de um concurso que os vincule ao INEM, onde estão em situação de mobilidade. Sem vinculação, a maioria terá de regressar aos hospitais de origem, sob pena de perderem lugar no mapa de pessoal. A falta de profissionais (algumas SIV aguentam-se com dois ou três enfermeiros, em vez de cinco ou seis) e a "falta de orçamentação de verbas para formação" em 2010 são outras das queixas, factores que "colocam em causa o funcionamento de alguns meios de socorro".

A Ordem adianta que, em reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a 21 de Dezembro, este revelara preocupação com a situação e dissera perspectivar o aumento do número de enfermeiros no INEM. Além de garantir desbloquear o concurso para vinculação, comprometera-se a clarificar os protocolos com bombeiros envolvendo os postos de emergência médica nos quartéis, que incluem enfermeiros.

Sem sinal de concretização das promessas, a Ordem quer esclarecimentos, acusando a direcção do INEM de contribuir para o estado preocupante da emergência pré-hospitalar.

Fonte: JN

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Centro de formação de bombeiros não avança em Bragança


Para já, não faz parte dos planos do governo, avançar com a construção de uma escola de formação de bombeiros no distrito de Bragança. De momento, são os formadores que se deslocam aos corpos de bombeiros para dar a mesma formação. No entanto, “nada é definitivo”, como avança Jorge Gomes, governador civil de Bragança. “Quando fui interpelado sobre se ia avançar a cosntrução da nova escola, eu disse que para já não faz parte dos planos do governo, fazer a construção de raís de uma nova escola, porque o que estava a acontecer com o sistema de formação anterior, era que havia formações em Bragança, em que vinham bombeiros de Olhão, de Faro, Portimão, para receber formação em comunicações”, explica o governador, acrecentando que “é muito mais lógico que estas formações de Bragança sejam dadas em Bragança, mas há a necessidade de haver uma infra-estrutura caríssima em que só a manutenção é um problema e são os formadores que se deslocarão a várias zonas”. No entanto, há um estudo elaborado para a construção de um futuro centro de formação de bombeiros mas “nada é definitivo, não está previsto para já a construção”, refere Jorge Gomes, afirmando que “tudo depende do estudo que foi feito, qual vai ser a decisão política relativamente à forma de formar os bombeiros”. Na opinião do representante do governo, a estrutura existente também ainda não encerrou. “Ainda há funcionários a trabalhar na escola, mas neste momjento não está a dar acções de formação”, afirma. A nova estratégia passa agora pelo ministro da Administração Interna e Escola Nacional de Formação de Bombeiros.

Fonte: RBA

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

E se fosse por cá?

No fim do filme dá para ver que está um carro a arder... e se fosse cá? imaginam o que iam dizer de nós?
Será que vale a pena este tipo de condução??


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Para o Distrito de Bragança nada?


Fonte: ENB

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010




Previsão Especial de Carnaval


Uma massa de ar polar muito frio e seco, vinda do Norte da Europa, irá influenciar o estado do tempo no Continente, durante os dias de Sábado e Domingo, prevendo-se tempo frio, com céu pouco nublado ou limpo. No Domingo, uma depressão frontal centrada entre o Continente e os Açores e em deslocamento para leste, irá provocar ocorrência de precipitação a partir da tarde, no litoral a sul do
Cabo Carvoeiro, indo atingir gradualmente o interior da região Sul e a região Centro até ao final do dia.
Para Segunda-Feira, a influência desta depressão, irá provocar céu muito nublado, períodos de chuva ou aguaceiros, queda de neve nas terras altas do Norte e Centro e subida da temperatura do ar, em especial dos valores mínimos.
Para Terça-feira, prevê-se a continuação de ocorrência de aguaceiros em todo o território Continental com queda de neve acima dos 1000 metros. Prevê-se uma intensificação do vento para Segunda-Feira, com vento forte de sul no litoral a sul do Cabo Carvoeiro e rajadas até 90 km/h nas terras altas.

Fonte: Instituto de Meteorologia

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Enfermeiros em Greve

A ANTEPH – Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, no seguimento da noticia publicada no Jornal Correio da Manhã, “INEM: Greve de enfermeiros dia 25“ em que é alegado que os Tripulantes de ambulância e bombeiros vão ocupar o seu lugar, vem a esclarecer o seguinte:

1. Em momento algum os tripulantes de ambulância sejam eles dos quadros do INEM ou dos Bombeiros tiveram ou têm a intenção de ocupar o lugar dos Enfermeiros, por este motivo esta afirmação além não ter qualquer sentido demonstra uma falta de ética por quem a fez;

2. A emergência médica é assegurada pelos tripulantes de ambulância desde que esta existe, ou seja a mais de 30 anos, recordando que na actual situação quem têm vindo a usurpar funções que não são suas são os próprios enfermeiros que não possuindo qualquer enquadramento legal no que diz respeito ao socorro em emergência pré-hospitalar a utilizam como uma solução para o desemprego da classe de enfermagem bem como para obterem remunerações elevadas que em alguns casos rondam os 400 euros por um turno de 12 horas numa ambulância SIV;

3. A ANTEPH lamenta este tipo de atitudes por parte do sindicato dos enfermeiros, que tentam atribuir uma dependência do socorro de emergência na classe de enfermagem que na prática não existe, uma vez que o serviço efectuado pelas ambulâncias SIV é em termos percentuais residual em relação às milhares de intervenções de emergência asseguradas pelos tripulantes de ambulância que pertencem ao INEM e aos corpos de Bombeiros, garantindo-se às populações que em momento algum o socorro estará comprometido na sequência desta greve ou de outras que venham a organizar.

4. A ANTEPH lamenta a inércia do Ministério da Saúde no atraso da publicação da carreira dos técnicos de emergência médica e sua regulamentação, processo que se encontra concluído, e que é fundamental para o aumento da qualidade na prestação do socorro de emergência.

Lisboa, 12 de Fevereiro de 2010-02-12

O presidente da ANTEPH

Nelson Batista

Os enfermeiros querem assumir a liderança do sistema pré-hospitalar.


O Sindicato dos Enfermeiros apresentou ontem um pré-aviso de greve a realizar-se no próximo dia 25 de fevereiro e que irá abranger todos os enfermeiros que exercem funções no INEM. Os enfermeiros dizem querer assumir a liderança e operacionalidade do sistema pré-hospitalar, que na sua opinião tem sido "ocupado" por bombeiros e tripulantes de ambulâncias de emergência.

"Os bombeiros são muito úteis mas tudo tem o seu lugar. Há que aproveitar as aptidões dos enfermeiros" sendo que "há muitos subempregados e desempregados", justificou em conferência de imprensa, no Porto, José Azevedo, presidente do Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP), para quem os bombeiros "estão a ocupar o lugar que não devem".

Fonte: Lusa

Há cursos em Portugal com erros técnicos, falta regulamentação - Cruz Vermelha

Existem em Portugal cursos de socorrismo ministrados com erros técnicos, alerta o diretor da Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), que sublinha a necessidade de regulamentar este sector de formação.

Em declarações à agência Lusa no dia em que a CVP celebra 145 anos, Ricardo Almeida afirmou ter conhecimento "efetivo" de empresas formadoras onde os cursos são ministrados com erros técnicos.

"A qualidade de alguns cursos que por aí andam é um pouco complicada. Entidades que ministrem este tipo de formação devem ter um conselho científico, com médicos e enfermeiros, que possa acompanhar e validar os passos todos de criação de um pacote formativo", afirmou.

Segundo o responsável, esse conselho científico é essencial tendo em vista a "credibilidade e a eficácia na transmissão de competências".

"Não havendo isso, e muitas vezes não há, nunca se sabe o que está a ser praticado, que tipo de competências estão a ser transmitidas. É um pouco uma surpresa. E é algo que nos preocupa bastante", acrescentou.

O diretor da Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa defende, por isso, a necessidade de "regulamentar" este sector de formação.

"Não nos podemos esquecer de que a pessoa não tem conhecimentos de socorrismo e, portanto, tudo aquilo que lhe for transmitido é tomado como bom", sublinhou, sugerindo às pessoas que tenham "algum cuidado" quando decidem fazer um curso destes e recomendando que procurem "entidades credíveis e certificadas".

Ricardo Almeida acrescentou que num curso de socorrismo é necessário ensinar em duas vertentes: "A fazer bem e a não fazer aquilo que não se deve fazer".

"No caso de um sinistrado de mota, a remoção do capacete é o momento H para que o indivíduo viva, sobreviva ou morra. Basta só um gesto que não seja bem executado para fazer toda a diferença", exemplificou.

A única regulamentação que existe em Portugal é do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e diz respeito a apenas dois cursos: tripulantes de ambulância de transporte e tripulantes de ambulância de socorro.

Por seu turno, o INEM reconhece capacidade formativa apenas aos bombeiros e à Escola de Socorrismo da CVP: "Todos os outros cursos são um mar aberto", alertou.

"São bastantes as empresas de cursos de socorrismo. Não são ilegais, mas não desejo que alguém caia nas mãos delas", rematou.

Fonte: Lusa

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VMER em Mirandela


Depois de Bragança, é a vez de Mirandela acolher uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). A garantia é do deputado do PS pelo distrito de Bragança, Mota Andrade, que recorda que esta medida foi uma das promessas do programa eleitoral socialista nas últimas eleições legislativas.

“Assumimos este compromisso e espero que seja uma realidade muito em breve”, sustenta o responsável.

Recorde-se que, no próximo mês, faz 4 anos que a VMER chegou a Bragança. Agora, o Governo promete estender o serviço à cidade de Mirandela, de modo a cobrir as necessidades do distrito de forma mais eficaz. “Todos reconhecem a importância de um veículo de emergência deste género, porque é um suporte fundamental para salvar vidas”, alega Mota Andrade.

Quanto ao helicóptero do INEM previsto para Macedo de Cavaleiros, o cenário não é tão animador. “É uma questão que me ultrapassa e que acho que é uma falha, mas o processo ainda está a decorrer”, avança o deputado, sem especificar uma data.

Mota Andrade considera a instalação da VMER em Mirandela como “um complemento do esforço que o Governo está a fazer na área da Saúde”, nomeadamente nas obras que estão a decorrer no Centro Hospitalar do Nordeste e na reorganização dos Centros de Saúde.

“São obras que não estão no PIDDAC regionalizado, mas estão em curso”, afirma o responsável, enquanto avança com outros exemplos. “As obras nas estradas nacionais Rebordelo-Mirandela ou Algoso-Vimioso, a Auto-Estrada Transmontana, o IP2 e o IC5, os Centros Escolares e a Esquadra da PSP de Mirandela, que será inaugurada antes do Verão”, enumera o parlamentar.

Fonte: Jornal do Nordeste

Bragança: Escola de Bombeiros encerra definitivamente

O Centro de Formação de Bragança da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) não deverá voltar a abrir as portas. A nova orientação da tutela aponta para a mobilidade de formadores aos quartéis de bombeiros, em detrimento da deslocação dos formandos aos centros de formação.

Questionado sobre esta matéria, o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, afirma que não há orientações do Governo para a construção de uma escola nova. “Manter o centro de formação não implica a criação de um novo espaço, visto que a aposta é na formação descentralizada”, referiu o responsável.
Já o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, lamenta a extinção do Centro de Formação. O edil recorda, ainda, o primeiro local escolhido para a construção das Escola de Bombeiros, junto ao nó nascente do IP4, desde a altura em que esta valência foi instalada, provisoriamente, junto ao edifício do Governo Civil.
No entanto, a escola nunca saiu das instalações provisórias e a formação acabou mesmo por ser suspensa, em 2007, devido à falta de condições para ministrar aulas de qualidade aos soldados da paz.

Falta de condições ditou a suspensão da formação e a desactivação do Centro de Formação de Bragança da ENB

A crescente degradação das instalações levou os dirigentes da ENB a suspender a formação no Nordeste Transmontano, alegando não ser possível continuar a deslocar formandos de diversos pontos do País sem as condições adequadas, tanto para a sua permanência, como para obterem formação de qualidade.
Recorde-se que a humidade e o frio, no Inverno, eram alguns dos obstáculos com que se deparavam, não só os formandos, mas também os formadores e funcionários do Centro.
Após a desactivação da escola, foram muitas as promessas de que a infra-estrutura iria ficar no distrito. Em Fevereiro de 2008, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu que a ENB iria ficar na capital de distrito, mas, na altura, escusou-se a avançar a nova localização.
Agora, Jorge Gomes adianta que a construção de uma nova escola não faz parte dos planos do Governo, que aposta na deslocação dos formadores aos quartéis de bombeiros, em vez de suportar as despesas inerentes a um Centro de Formação.

Fonte: Jornal Nordeste

Marco Martins – bombeiro de Óbidos no Haiti

“Aquilo que fizemos foi uma gota de água, mas ajudámos a sorrir”

Depois de ter estado em missão no Haiti, onde integrou a força especial de bombeiros, Marco Martins, segundo comandante dos bombeiros voluntários de Óbidos, relata-nos como foram os dias passados os dias de ajuda à população de um país devastado por um sismo.

A forma como Marco Martins trabalhou e conseguiu lidar com toda a destruição e até as amizades que fez no território foram comentadas, assim como a vontade de regressar para receber um simples sorriso de agradecimento.

JORNAL das CALDAS: Como é que foi a missão no Haiti?

Marco Martins: Acima de tudo foi uma experiência enriquecedora em termos pessoais e na vertente profissional, porque deparei-me com um cenário gigantesco de destruição, do qual, em termos de escala, nunca pensei que fosse tão intensa. Isso valorizou-me como pessoa pelos sentimentos e emoções vividas. Como profissional a experiência adquirida em termos de organização e no caso específico no teatro de operações, foi também grande.

J. C.: Quando chegaram ao Haiti, estavam ou não preparados para aquele cenário?

M. M.: A preparação para a missão estava bem definida e nós estávamos perfeitamente preparados para isso, porque já tínhamos alguma experiência na montagem de tendas e infra-estruturas de apoio. Não houve dificuldade. Quando chegámos ao Haiti deparámo-nos, numa primeira fase, com o clima, com temperaturas bastantes elevadas. Depois deparámo-nos com uma cultura e uma cidade completamente destruída, que sinceramente, não estávamos à espera em tão larga escala.

J. C.: Como é que foram recebidos pela população dadas as circunstancias?

M. M.: Inicialmente ficámos na periferia do aeroporto, num acampamento. Estivemos os primeiros dias fechados naquele local. Depois, a partir do momento em que saímos para a rua, para resolver problemas logísticos, não tivemos qualquer tipo de abordagem com a população. Eles faziam a sua vida normal a caminhar nas ruas sem qualquer destino pré-definido, porque também não tinham casas e faziam qualquer coisa que era andar de um lado para o outro. O contacto directo com as pessoas, sentimo-lo quando começámos a montar o campo de desalojados. Aí a reacção foi muito positiva porque eles acabaram por perceber que estávamos ali para ajudar e aclamaram-nos com grande carinho, grande vontade de verem que fazíamos algo por eles. Nesse espaço houve uma grande receptividade e nunca sentimos, em momento algum, o sentimento de insegurança. Havia entre eles luta por um espaço, por um lugar, mas a nossa equipa nunca teve qualquer tipo de problema.

J. C.: Além do campo de desalojados, participaram na ajuda médica e em buscas?

M. M.: Não fizemos buscas, porque não íamos com essas valências. Fomos com a missão de montar um campo de desalojados, mas acabámos por colaborar na prestação de apoios médicos do Hospital da Universidade de Miami, que inicialmente estava implementado na sede da ONU e posteriormente foi colocado ao lado do nosso acampamento base. Essa foi outra experiência extremamente significativa e enriquecedora, tanto na vertente pessoal como na vertente profissional, porque fez-nos sentir a importância que poderíamos dar a pessoas que estavam extremamente debilitadas fisicamente com lesões traumáticas. O simples gesto de darmos a mão ou dar um sorriso permitia que elas se sentissem mais confiantes, que acreditassem que era possível mudar aquele estado de grandes dificuldades que estavam a ter. Trabalhámos com equipas médicas de outros países e foi valorizada a nossa prestação.

J. C.: Sentiram bem esse agradecimento da população?

M. M.: Integralmente. Quando fazíamos a distribuição, não de alimentos porque não era essa a nossa missão, mas de componentes complementares ao acampamento, como kits de higiene de cozinha, sentimos que as pessoas estavam muito perto de nós pelo gesto de gratidão, pelo sorriso e carinho. Quando chegávamos tínhamos essa percepção total. Fomos sempre muito bem recebidos, inclusive quando chegávamos ao campo as crianças imediatamente rodeavam-nos e queriam estar ao nosso colo e abraçavam-nos. É algo que guardo na minha imagem porque sentíamo-nos úteis por ali estar. Também infelizmente sentimo-nos impotentes por não podermos fazer algo mais. Nós cá temos tanto para dar e lá estávamos limitados ao que levámos.

J. C.: Então que imagem mais marcante testemunhou. Que episódio mais o marcou ao longo de quase um mês naquele território?

M. M.: Não foi a destruição, não foram os cadáveres amontoados, mas as crianças. São as mais debilitadas quer física quer psicologicamente. As crianças procuravam-nos sempre para que nós déssemos algo. Isso poderia ser apenas um sorriso. O que mais guardo nesta experiência era quando chegava ao campo as crianças vinham na minha direcção e pediam para que eu as pegasse ao colo e depois no hospital quando procedíamos ao transporte da enfermaria para a cirurgia e recobro, vice-versa, as crianças após tanto sofrimento tinham a coragem de nos dar a mão, dar-nos um sorriso, de falar connosco. Isso acabou por nos motivar e irmos um pouco mais além e acreditarmos que a nossa presença era muito importante para elas.

J. C.: Agora, como bombeiro de Óbidos e enquanto segundo comandante de que forma poderá transmitir a experiência aos futuros colegas e bombeiros?

M. M.: Eu tive a oportunidade de ter a presença deles enquanto lá estava no Haiti, através de contactos que me iam manifestando, através de e-mails ou mensagens e prometi-lhes desde logo que assim que tiver condições.

Fonte: Jornal das Caldas