domingo, 21 de fevereiro de 2010

Chuvas na Madeira fazem 36 mortos e 70 feridos


O temporal que assolou sábado a Madeira provocou 36 mortos, 70 feridos e 200 desalojados, disse à TSF a secretaria geral dos Assuntos Regionais.

O presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, agradeceu a solidariedade do primeiro ministro em relação à região autónoma, mas deixou um alerta para que todos se lembrem que a região «vive do exterior» e, por isso, é preciso «ter cuidado com as notícias» lançadas para o estrangeiroO primeiro ministro, José Sócrates afirmou que o Governo Regional da Madeira está a saber lidar com esta situaçãoOs apoios foram anunciados e explicados pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que revelou que vão estar ao serviço da região autónoma alguns serviços da protecção civil e uma equipa de cães

O temporal que assolou, este sábado, a Madeira provocou 36 mortos, 70 feridos e 200 desalojados, disse à TSF fonte da secretaria geral dos Assuntos Regionais, num balanço actualizado às 00h00 deste domingo.

O primeiro-ministro e o presidente do Governo regional da Madeira estiveram reunidos durante mais de uma hora na presidência do Governo Regional da Madeira, para se inteirarem pela autoridades da Protecção Civil dos impactos do mau tempo.

Numa conferência de imprensa após a reunião, o presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, agradeceu a solidariedade do primeiro ministro em relação à região autónoma, mas deixou um alerta para que todos se lembrem que a região «vive do exterior» e, por isso, é preciso «ter cuidado com as notícias» lançadas para o estrangeiro.

«Quero agradecer publicamente a solidariedade do sr. primeiro ministro em relação a esta calamidade. Mas deixem-me passar o termo ("calamidade") para dentro de casa», sugeriu.

«Cuidado com as dramatizações, não se pode esquecer que a nossa economia depende muito do exterior, vamos resolver os problemas internamente, não dramatizar muito lá para fora e deixar as instituições funcionar e fazer esquecer nos mercados externos os problemas que houve aqui», acrescentou Alberto João Jardim.

O presidente do Governo Regional disse ainda que «não houve nenhuma incidência grave relacionada com o turismo», por isso, «não vale a pena estar a dramatizar a situação lá para fora».

O primeiro-ministro aterrou no aeroporto do Funchal cerca das 20h30 locais, de onde seguiu para visitar alguns dos locais mais afectados, antes de se dirigir para o Palácio da Vigia. No final da reunião, Sócrates afirmou que o Governo Regional da Madeira está a saber lidar com esta situação.

«O Governo Regional da Madeira tem muito bem controlada a situação. Os serviços de saúde responderam muito bem a esta situação absolutamente extraordinária e, na exposição que o presidente do Governo Regional da Madeira nos fez, percebeu-se que as instituições e as estruturas de protecção civil e do Governo Regional têm uma visão clara do que há a fazer, e isso permite-nos começar imediatamente a trabalhar», afirmou.

Os apoios foram anunciados e explicados pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que revelou que vão estar ao serviço da região autónoma alguns serviços da protecção civil e uma equipa de cães.

«O que está previsto para amanhã é enviar uma ajuda logo ao princípio da manhã que consistirá em duas equipas da GNR com cães, para ajudar na procura de eventuais pessoas desaparecidas. Vamos enviar também três equipas, no total, de seis elementos, que são mergulhadores da Força Especial de Bombeiros para procurar corpos que se possam encontrar no mar. E vamos enviar igualmente cinco médicos do Instituto de Medicina Legal para realizar o mais rapidamente possível as autópsias para que as famílias possam fazer o seu luto», esclareceu.

A forte chuva registada, desde o início da madrugada de hoje, provocou deslizamentos de terras, inundações, e que já vitimou 32 pessoas, sendo considerado o pior temporal na Madeira desde 1993.

Fonte: TSF