segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1500 transmontanos saíram à rua em protesto contra saída do Helicóptero do INEM

Perto de 1500 transmontanos ergueram, no passado sábado, cartazes e faixas de protesto contra a saída do Helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros. 

Um movimento cívico, em que povo exprimiu a sua revolta e expressou uma voz contrária à decisão do Ministério da Saúde de retirar a aeronave do distrito de Bragança. Foram várias as testemunhas salvas pela aeronave que fizeram questão de marcar presença nesta manifestação. Pessoas que viram a sua vida ser salva pelo helicóptero estacionado em Macedo de Cavaleiros e que se hoje estão com vida é graças ao meio aéreo. Ouvir: Manifestação 1 “O helicóptero faz muita falta na região. Foi graças a ele que o meu filho sobreviveu”, refere Sandra Esteves de Sendim. David Costa, de Macedo de Cavaleiros conta que, “o helicóptero foi determinante para me salvar a vida, foram eles que me fizeram a drenagem do pulmão esquerdo e depois de estabilizado levaram-me do hospital de Bragança para Vila Real”, realça outra testemunha. “O helicóptero aqui está num ponto estratégico, serve bem o distrito todo”, diz Vitor Urbano, residente em Macedo de Cavaleiros. “Se não fosse pelo helicóptero eu hoje não estaria aqui, salvou-me a vida”, conta Odelinda Seixas de Vila Nova de Foz Côa. O mentor da iniciativa, Ilídio Mesquita, desafiou os presentes, a prenderam-se ao helicóptero no dia da sua retirada, que está prevista já para 1 de Outubro. Manifestação 2 “Esperamos que a providência cautelar que os autarcas meteram, dê resultado e o helicóptero não saia”, afirma, o mentor da manifestação lançou ainda um desafio, “quem quiser, se nos quiserem tirar o helicóptero, a prender-se comigo ao helicóptero nesse dia. Não nos tentem roubar”, frisa. Basta foi a palavra de ordem deste protesto. Os manifestantes sublinham que é preciso parar de olhar para os transmontanos como portugueses de segunda e de continuar com políticas de esvaziamento de serviços. Manifestação 3 “Será uma forma de nos apoiar em termos de saúde, uma vez que a maior parte das valências vão desparecendo, diz Luis Neves. “Viemos dar o nosso apoio e amanhã posso ser eu a precisar e todos temos que nos aliar a esta causa e o helicóptero tem que continuar”, sublinha, Daniel Carlini. Paulo Dias frisa que “Diria aos governantes que Trás-os-Montes está no mapa, é Portugal e os transmontanos são portugueses”, sublinha, acrescentando que “está na hora de acabar com este esvaziamento de tudo o que é serviço público e tudo o que é apoio à população em geral”, afirma. Foram vários os autarcas do distrito de Bragança que estiveram na manifestação. O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto que vestiu neste dia a camisola de cidadão em defesa de uma causa que considera que ainda não está perdida. Manifestação 4 “Estou como cidadão e presidente. O presidente está em tudo o que diz respeito ao concelho, na defesa dos interesses do concelho. Isto é uma manifestação dos cidadãos mas a Câmara não podia deixar de estar presente. A Câmara tem o seu papel, o seu espaço de intervenção, neste caso concreto, fez um grande investimento para ter aqui o helicóptero disponível. Estamos a tentar defender o que é nosso”, reitera o autarca de Macedo de Cavaleiros. Uma manifestação que culminou no heliporto de Macedo de Cavaleiros onde está ainda sedeado o Helicóptero do INEM e cuja saída está prevista para Outubro, onde de mãos dadas foi cantado o Hino Nacional. No decorrer do protesto, foi aprovada uma Moção, intitulada “O Heli é nosso! Nós merecemos!” que será enviada ao Governo, Presidente da República e Partidos Políticos. 

 Escrito por Onda Livre