terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Macedo apela a que intervenientes na Protecção Civil deixem egoísmos

O ministro da Administração Interna (MAI) apelou hoje a todos os intervenientes na proteção civil para deixarem de lado os "interesses egoístas", "corporativos ou locais" e para colaborem nas reformas e nas alterações consideradas urgentes pela tutela. 

"Precisamos de fazer, para bem de todos, ajustamentos na quadrícula dos equipamentos e das estruturas, para os aproximar dos riscos que temos de prevenir e que temos de cobrir quando acontecem", afirmou Miguel Macedo, durante o discurso de tomada de posse do novo comandante operacional nacional da protecção civil. Isso significa, segundo o MAI, que Governo, Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e estruturas representativas dos corpos de bombeiros tenham disponibilidade e abertura de espírito, deixando de lado aquilo que são, muitas vezes, "interesses egoístas" ou "puramente corporativos ou locais", na discussão séria deste assunto. 

 Miguel Macedo referia-se a duas áreas essenciais e onde se deve apostar: ao aprofundamento do planeamento de protecção civil e à previsão dos meios necessários para que, em função dos riscos, possam responder de uma forma mais eficiente e eficaz. "Vamos, em conjunto, ter de alterar alguns conceitos que até hoje têm norteado a nossa actividade, neste domínio. A Liga de Bombeiros, as estruturas da protecção civil, os bombeiros profissionais, todos eles são bem-vindos e todos têm colaborado connosco na discussão dessas matérias", disse o ministro. 

 O governante mostrou-se confiante quanto ao futuro, porque as discussões mantidas com todos os agentes vão no sentido de uma atitude reformista, ponderada e sensata, com o objectivo de adequar progressivamente essa estrutura àquilo que é preciso fazer. O ministro da Administração Interna espera que 2013 "possa ser um ano de maior estabilidade em algumas frentes desta área da protecção civil. Já acertamos um novo modelo de financiamento para as corporações dos bombeiros, que significa mais cerca de 2,3 milhões de euros. 

Essa verba é necessária para manter a prontidão e a eficácia de resposta das corporações do país". Miguel Macedo terminou a intervenção, na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Carnaxide, Oeiras, mostrando confiança nas "capacidades" e na "competência" do presidente da ANPC e do agora comandante nacional operacional da protecção civil, José Manuel Moura, que hoje tomou posse.

Fonte: Lusa/SOL