sábado, 24 de outubro de 2009

BOMBEIROS DE IZEDA ENVIAM CARTA DE INDIGNAÇÃO AO CODIS BRAGANÇA

O Comando e a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda, utilizam este meio para demonstrar a V.Ex.cia o motivo da nossa indignação.

Uma ECIN (Equipa de Combate a Incêndios) deste Corpo de Bombeiros foi chamada a intervir no combate a um incêndio que deflagrou na APA (Área de Protecção Ambiental) de Vimioso, na ponte de Algoso, no dia 24/08/2009, onde se encontravam também ECIN's de Vimioso e Sendim.

Durante o combate ao incêndio, foi verificada a necessidade de efectuar um contra-fogo para travar a progressão do fogo. As normas de execução deste tipo de supressão foram todas elas cumpridas e consideradas.

Entretanto, o meio aéreo que se encontrava no local (H17), fez uma descarga para tentar apagar o contra-fogo que estava a ser executado.

De seguida, os elementos do GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro) foram pedir explicações aos bombeiros. Tentaram identificá-los e, de uma forma arrogante e caluniosa, desrespeitaram a farda que envergam, mas, ainda mais grave, desrespeitaram a nossa farda que muito nos honra envergar.

Esta atitude, como se depreende, não foi aceite de ânimo leve pelos nossos homens, e, após várias tentativas de humilhação, falta de cultura, respeito e profissionalismo, os nossos homens retorquiram para os GIPS se dirigirem ao COS (Comandante de Operações de Socorro) do incêndio, para esclarecer eventuais dúvidas e procedimentos.

O Chefe de Equipa GIPS, de imediato, insultou, uma vez mais, os nossos bombeiros, como também o COS do incêndio (2º Comandante de Vimioso), afirmando, e pedimos desculpa pelos termos: «Aquilo não é nenhum Comandante, nem é nada. É uma grande merda, não sabe aquilo que anda a fazer e vocês igual».

A partir desse momento, deram voz de prisão aos nossos bombeiros, ameaçando com palávras do gênero: «Amanhã vão sentar o cú no mocho, não é por terem mais de dez anos de bombeiros que fazem o que lhes apetece», ou seja, que seriam levados a tribunal.

Pelas declarações efectuadas pelos nossos homens, apenas faltou usar a arma que o Chefe de Equipa trazia à cintura, que ainda não conseguimos perceber para que serve.

Na nossa modesta opinião, que andamos no combate a incêndios há já muitos anos, não nos é difícil observar que estes homens não estão preparados para desempenhar a missão que lhes é atribuida, não sendo, por isso, parceiros no combate a incêndios.
Notícia retirada do Jornal dos Bombeiros Voluntários de Izeda " A Sineta"