sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Câmara e bombeiros ainda não dialogaram sobre o assunto

Ainda não se sabe quem vai limpar a neve durante o Inverno

A Câmara Municipal e os bombeiros, que continuam de costas voltadas, ainda não acordaram nada sobre a limpeza de vias municipais, apesar do mau tempo já ter chegado esta quarta-feira. A Câmara Municipal diz que, embora ainda não disponha dos meios apropriados (está prestes a adquirir uma pá espalhadora), está preparada para fazer face a qualquer emergência, utilizando os antigos meios de espalhar o sal. Ou seja, com pás. Por sua vez, os bombeiros garantem que depois de ter sido objecto de uma reparação, a sua viatura limpa-neves já está operacional. Falta saber se vai haver diálogo para fazer face ao que suceder nas estradas do concelho, nos próximos dias.

Devido ao acordo que existe com a direcção das Estradas de Portugal, os bombeiros de Macedo responsabilizam-se pela limpeza do gelo e da neve que se acumulam, durante o Inverno, nas vias que estão sob a responsabilidade daquela empresa pública. Para fazer face a esse trabalho, não só contam com o sal que sobrou do ano passado e que está armazenado em instalações da autarquia, mas também com a via-tura limpa-neves que garantem ter ficado operacional, na terça-feira passada, após uma reparação que custou cerca de três mil euros.

Quanto às Estradas Municipais, esse tipo de trabalho foi feito, nos últimos três anos, de acordo com entendimentos prévios com a Câmara Municipal. Ora, segundo fonte dos bombeiros, é esse acerto que falta fazer, este ano, pois, devido à imponderabilidade dos horários (no ano passado, houve dias em que a limpeza das estradas se prolongou até às cinco horas da madrugada), é necessário garantir, aos bombeiros que operam com a viatura limpa-neves, o pagamento de horas extraordinárias, tal como sucedeu em anos anteriores, com os funcionários da Câmara que acompanharam os mesmos trabalhos. Na perspectiva dos bombeiros, não é justo que o trabalho extraordinário seja pago a uns e a outros não.

Só que, segundo o que o Semanário TRANSMONTANO (ST) apurou, nem uma, nem outra, daquelas entidades tomou ainda a iniciativa de dialogar sobre a forma de actuar, no caso de ocorrerem situações de obstrução das estradas, nomeadamente das municipais, devido ao gelo ou à neve. Pelo contrário, o ST soube que a Câmara Municipal se prepara para adquirir uma pá espalhadora para adaptar a uma viatura todo-o-terreno para fazer, por si, face àquele tipo de situações. Entretanto, enquanto não chega o dito equipamento, a autarquia pretende garantir a limpeza das estradas municipais utilizando os antigos meios de espalhar, com pás, o sal nas estradas. O ST sabe também que, tal como sucede com as outras autarquias da região, a empresa Estradas de Portugal não vai fornecer o sal para fazer face a tais trabalhos. No entanto, o vice-presidente da Câmara, Duarte Moreno, garante que, em caso de emergência, as estradas municipais não deixarão de ser desobstruídas, contando para isso com o sal das Estradas de Portugal que está depositado no armazém da autarquia. Esta, por sua vez, compromete-se a repor a quantidade de sal que retirar do dito armazém.

Fonte: Semanário Transmontano