sábado, 26 de dezembro de 2009

Macedo é o único município do distrito a rejeitar a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente


Com a recente adesão dos municípios de Alfândega da Fé e de Miranda do Douro ao projecto de criação de Equipas de Intervenção Permanente nos respectivos corpos de bombeiros, Macedo de Cavaleiros passa a ser o único concelho do distrito de Bragança a continuar indisponível para partilhar com o Governo os custos relativos à manutenção de uma equipa daquele tipo no corpo de bombeiros locais.

A mudança política nas autarquias de Alfândega da Fé e de Miranda do Douro, resultante das Eleições Autárquicas do dia 11 do passado mês de Outubro, ditou uma grande volta relativamente ao processo de criação de Equipas de Intervenção Permanente nos corpos de bombeiros dos respectivos municípios. Apesar de já haver um Grupo de Intervenção da Guarda Nacional Republicana (GNR) instalado na serra de Bornes, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé acaba de apresentar a candidatura para a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente no seu concelho, exemplo que o município de Miranda do Douro seguiu, com duas candidaturas apresentadas no mesmo sentido, uma para o corpo de bombeiros da cidade e outro para o de Sendim.

Com a recente adesão das destas autarquias ao projecto avançado pelo Governo há cerca de um ano, no distrito de Bragança, só o município de Macedo de Cavaleiros é que ainda não assinou o protocolo que estabelece a criação das Equipas de Intervenção Permanente. Recorda-se que 9 dos 12 municípios do distrito já tinham assinado o protocolo com o secretário de Estado da Protecção Civil, no dia 9 do passado mês de Junho.

Apesar da recusa da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros em partilhar com o Governo os custos relativos à criação de uma Equipa de Intervenção Permanente ter vindo a ser criticada, tanto pelo activo do corpo de bombeiros local, como pelos vereadores da oposição, não se vislumbra que a gestão autárquica presidida por Beraldino Pinto aceite os moldes em que assenta o protocolo proposto pelo Governo. É que, na perspectiva da autarquia, “para prestar um bom serviço, seria necessário criar três equipas, pois só dessa forma é que seriam satisfeitos os pressupostos de intervenção permanente”. Caso contrário, a Câmara entende que a criação de uma única equipa, como propõe o Governo, poderia constituir “um argumento que poderia ser aproveitado para acabar com o espírito de voluntariado”.

Já o corpo de bombeiros de Macedo defende a criação de uma Equipa de Intervenção, alegando que, “em situações de reclamação relativamente a um mau serviço, chamar a atenção de um voluntário que deixa a sua ocupação profis-sional para acudir a uma urgência não é a mesma coisa que exigir responsabilidades a um profissional que obteve formação para intervir com eficiência e rapidez”.

Fonte: Semanário Transmontano