sábado, 23 de abril de 2011

Bombeiros repetem as mesmas críticas de há quatro anos

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) mantém, quatro anos após a inauguração do Túnel do Marquês, em Lisboa, as mesmas críticas à segurança da infraestrutura.
O presidente da ANBP, Fernando Curto, diz que as questões relacionadas com a estrutura física não poderiam sofrer alterações, como a dimensão dos passeios, mas lembrou que nunca foram realizados “simples” simulacros.

Para o responsável, os simulacros são “simples de fazer” e servem para testar a capacidade dos bombeiros em “socorrer e retirar pessoas do interior do túnel”. “O que nunca foi feito e não está a ser feito”, criticou, em declarações à Lusa. A ANBP registou, porém, mudanças positivas, como a permanência de elementos da segurança a tempo inteiro no Túnel e mais algumas visitas regulares do regimento de sapadores de bombeiros de Lisboa.

A questão dos simulacros, desde o túnel até às estações de metro ou centros comerciais, está na agenda de uma audiência pedida pelos bombeiros ao vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Brito.

Nas reuniões regulares com o responsável tem sido assumido que os exercícios estão previstos: “Há alguma vontade de fazer, mas nós queremos é que se faça”, disse Fernando Curto.

“Os próprios bombeiros precisam de saber, por exemplo, num caso de inicio de um incêndio, com o túnel pejado de viaturas, como é que sem espaço para circular nos passeios de evacuação tiram os encarcerados e as vítimas”, sublinhou.

Na ausência de exercícios, Fernando Curto previu que será no decorrer de um eventual acidente que simultaneamente se faz a “evacuação e o treino”.

Simulacros em locais como o Túnel do Marquês, Câmara Municipal de Lisboa e Assembleia da República servem “por um lado, para testar os planos de emergência destes espaços, por outro como se enquadram o bom plano que o município de Lisboa tem”.

O Túnel do Marquês abriu a 25 de abril de 2007.

Fonte: Lusa