terça-feira, 11 de outubro de 2011

Autarquia de Macedo de Cavaleiros quer transição tranquila nas freguesias

Uma alteração do número de freguesias feita com naturalidade. É assim que o autarca de Macedo de Cavaleiros espera que aconteça a reorganização da administração local no seu concelho.

Beraldino Pinto não tenciona que haja uma imposição de agrupamento de freguesias, mas sim que isso aconteça por aproximação geográfica e cultural.

Opinião partilhada pela oposição, que sugere a criação de uma comissão de análise sobre o assunto.

Segundo o documento Verde, que serve de base para a reorganização da administração local, o concelho de Macedo de Cavaleiros situa-se no nível 3 dos critérios de organização territorial, ou seja, nos municípios com menos de 100 habitantes por km2, podendo apenas ficar com uma freguesia na sede do município e um mínimo de 500 habitantes por freguesia. Torna-se evidente que as freguesias mais próximas da cidade de Macedo serão incorporadas nesta freguesia maior e as restantes terão de formar agrupamentos de freguesias. Das 38 actuais, apenas Morais está garantida por ter 655 habitantes.

Beraldino Pinto espera que haja envolvimento das populações, naturalidade e bom senso na construção do novo mapa das freguesias.

“É natural que venha a haver ajustamentos. O que é essencial é que as freguesias e as populações se envolvam e esses ajustamentos sejam feitos com naturalidade.”

O autarca refere que é incontornável fazer esta reorganização, por isso já todos os autarcas de freguesia foram informados e é neles que reside a solução, não na Câmara Municipal.

“Agora é o tempo de envolver as freguesias. Já foi entregue e a Assembleia Municipal vai organizar uma reunião sobre isto”, explicou.

Esta questão foi debatida na última reunião de câmara e Rui Vaz, da oposição, sugere que se crie uma comissão de análise “tendo em conta que o que está em causa são situações sensíveis, que mexem com a população.”

Executivo municipal e oposição a comungar da mesma opinião na reorganização da administração local. A bitola está nas mãos das freguesias actuais, que devem agrupar-se consoante as suas dinâmicas sociais, tendo em conta aspectos como a Educação, Saúde, Transportes, Cultura e aproximação geográfica.

Fonte: CIR