terça-feira, 18 de outubro de 2011

Militares passam a intervir no rescaldo de incêndios


O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D'Ávila, avançou esta terça-feira que as Forças Armadas podem vir a intervir em operações de rescaldo dos incêndios florestais em 2012, avança a Lusa.

Durante a Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, o secretário de Estado considerou «muito importante» o papel das Forças Armadas em operações de rescaldo, avançando que «podem ser dados passos para que na próxima época isso possa ser desenvolvido».

Para Filipe Lobo D'Ávila, as Forças Armadas podem contribuir no combate a incêndios florestais e adiantou que o ministro da Defesa tem manifestado abertura para «aprofundar esse caminho, quer na vertente do Exército, quer na Força Aérea».

Na Comissão Parlamentar, foi feito ainda, pelo secretário de Estado, o balanço da época mais crítica em incêndios florestais, mas Filipe Lobo D'Ávila considera ainda «cedo» para oficializar números, uma vez que «a fase mais complicada do ano ainda está a decorrer».

Os «bons» resultados obtidos durante a época de incêndios mais crítica deveram-se às condições meteorológicas e «empenho» do dispositivo operacional que esteve no terreno.

No entanto, Filipe D'Ávila salientou que a «fase mais difícil» está a ser durante o mês de Outubro, que levou ao Governo reforçar o dispositivo de combate a incêndios florestais e a despender mais de 1,2 milhões de euros.

Na primeira quinzena de Outubro, o reforço de 360 bombeiros nos 14 distritos com «maior perigosidade florestal» foi de 180 mil euros, enquanto os 1022 bombeiros e o aluguer de oito helicópteros para os restantes 15 dias do mês teve um custo de 1,2 milhões de euros.

De acordo com o secretário de Estado, na mesma quinzena deflagraram, em média, 312 incêndios por dia, num total de mais de 4600 ocorrências de fogo, representado o mês com mais incêndios dos últimos 12 anos.

Filipe Lobo D'Ávila revelou que o Ministério da Administração Interna está «avaliar» um conjunto de questões relacionadas com a protecção civil, nomeadamente com a Empresa de Meio Aéreos (EMA), mas que qualquer «alteração» só será decidida e introduzida após a época de incêndios encerrar.

Fonte: TVI24