quinta-feira, 23 de junho de 2011

Associação Humanitária dos Bombeiros Macedo de Cavaleiros



A autarquia de Macedo de Cavaleiros já decidiu qual o valor do subsídio extraordinário a atribuir aos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros para amortizarem as dívidas. Cinquenta mil euros. Uma quantia que não agrada à oposição que sugeriu à autarquia a aquisição do antigo quartel. Resta agora que o assunto seja debatido na próxima Assembleia Municipal.

Recorde-se que o valor do total das dívidas da Associação Humanitária ultrapassa os 220 mil euros, sendo que a maior fatia é atribuída às obras do novo quartel. 20 mil euros são de dívidas a fornecedores de gasóleo e mais de 130 mil a fornecedores de pneus. Mas o que preocupava a direcção na última assembleia era a dívida de 57 mil euros que alegadamente os bombeiros têm com um empreiteiro que já terá mesmo apresentado queixa no tribunal. Duarte Moreno, o vice-presidente da câmara admite que o valor não é suficiente mas refere que a autarquia poderá vir a apoiar mais a Associação Humanitária.

“A autarquia já decidiu na última reunião de câmara, que foi extrordinária, uma revisão ao Plano, em que atribui um subsídio de 50 mil euros à Associação dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, para ajudar a colmatar as dificuldades que têm tido nos últimos tempos. Por aquilo que eu conheço não será suficiente mas, de facto, é uma ajuda e a câmara estará também na disposição de dar mais ajudas, obviamente”.

Duarte Moreno afirma ainda que a oposição “não tem consciência da realidade” e que a câmara não precisa do edifício.

“Na vida existem dois tipos de pessoas: aquelas que seguem em frente e que fazem alguma coisa e as que vêm atrás e criticam.E a oposiçaõ só vem atrás a criticar, não tem consciência da realidade. A realidade é que a autarquia não pode comprar aquele edifício, a não ser que seja um esforço extarordinário, para fazer face às dificuldades que a Associação tem. A autarquia também não tem nada que dar que fazer àquele edifício”.

Já Rui Vaz reafirma que a solução passa pela aquisição do imóvel. Refere ainda que, se a autarquia quiser, pode resolver a situação.

“Se a câmara quiser tem dinheiro. Porque a câmara tem dinheiro para aquilo que ela entende. Eu quando digo que a câmara pode comprar e ajudar os bombeiros a resolver o problema, há acima de tudo aqui que pensar em negociar com os bombeiros. Se a câmara atribuir 222 mil euros de valor àquele imóvel e o comprar pode fazer um plano de pagamento com os bombeiros.E os bombeiros podem perante a banca asseguar, com essa responsabilidade da autarquia, um financiamento para, ao longo de 4, 5 ou 6 anos dentro daquilo que será a gestão corrente dos bombeiros, aquilo que ela entenda que é necessário. Cada vencimento de responsabilidade dos bombeiros na banca seria pago pela autarquia até perfazer esse valor. Isto, para a autarquia, não pesava no seu orçamento, muito menos no orçamento de um ano só e resolvia o problema de uma vez”.

O vereador vais mais longe ao afirmar que o valor do subsídio não chega e que os Bombeiros de Macedo podem vir a fechar portas.

“Estes 50 mil euros que a câmara lhe atribui é uma esmola e é uma vergonha para quem se envolveu como se envolveu nos bombeiros... Um valor que não chega sequer para resolver um problema que os bombeiros têm em tribunal que foi apresentado na assembleia geral, nem para isso chega... Isto é atirar com o problema para a frente, não o resolver e, quanto a mim, ajudar a que os bombeiros de Macedo amanhã não nos possam socorrer, não possam socorrer a gente do nosso concelho porque o mais certo é terem de fechar a porta”.

O assunto vai ser discutido no próximo dia 27 em Assembleia Municipal, prevendo-se que seja aprovada a atribuição deste subsídio extraordinário.
Contactada pela Onda Livre a direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros recusa-se a prestar declarações enquanto não houver a aprovação da Assembleia Municipal.


Fonte: Rádio Onda Livre