terça-feira, 7 de junho de 2011

Bombeiros ponderam alienar antigo quartel para pagar dívidas



Prestes a completar um mês no novo quartel, os Bombeiros de Macedo de Cavaleiros admitem que estão a atravessar uma situação económica muito difícil. As dívidas ultrapassam os 200 mil euros. Por isso, a direcção está a ponderar alienar o antigo imóvel. José Carlos Dias era vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros na anterior direcção mas diz só ter tomado conhecimento das dívidas desde que tomou posse como presidente, em Março.

Agora admite que a situação é muito difícil.“Os rendimentos que tínhamos acabaram-se e hoje é difícil manter aqui 20 famílias com os vencimentos que temos de lhe pagar mensalmente” refere.

Ao todo são cerca de 222 mil euros de dívidas contraídas ao longo dos últimos 4 anos. A maior fatia da dívida é atribuída às obras do novo quartel. Um edifício que teve um custo de cerca 1 milhão de euros comparticipados em cerca de 300 mil pelo Estado. A restante verba ficou a cargo da autarquia e dos próprios bombeiros.“Há dívidas com três anos e meio” sendo que “a maior dívida é das novas instalações. Só a um empreiteiro são 57 mil euros” adianta.

A par disto somam-se ainda cerca 20 mil euros de dívidas a fornecedores de gasóleo e mais de 130 mil a fornecedores de pneus. Outra situação que está a preocupar a direcção é o facto de o empreiteiro a quem a Associação alegadamente deve 57 mil euros ter apresentado queixa no tribunal contra a Associação Humanitária há cerca de 15 dias.Para tentar resolver a situação foi proposta a alienação do imóvel em assembleia-geral extraordinária mas não houve consenso entre os sócios da Associação Humanitária.

O próprio comandante diz que podem existir outras soluções mais viáveis.“Eu acho que ainda não foram esgotadas todas as hipóteses relativamente à resolução do problema, por isso propus que a direcção procurasse uma solução até junto da banca” refere João Venceslau. “Isso não significa que numa futura assembleia não seja aprovada a alienação, mas de momento penso que ainda não estão esgotadas todas as hipóteses” acrescenta.

A direcção comprometeu-se a procurar outras soluções nos próximos quinze dias e apresentá-las em nova Assembleia.

Fonte: Rádio Onda Livre