segunda-feira, 12 de julho de 2010

Voos com turbulência...


O deputado do PSD, eleito pelo círculo de Bragança, diz-se decepcionado com a situação da inoperacionalidade do helicóptero do INEM, estacionado em Macedo de Cavaleiros, por falta de médicos.
Adão Silva quer que a ministra da Saúde, Ana Jorge, lhe explique o sucedido porque, segundo o deputado, a situação é contrária à que anunciou no mês de Abril, na inauguração deste meio de socorro aéreo.

“Não foi isto que foi anunciado pela Sra. ministra, em Abril, em Macedo de Cavaleiros. O helicóptero requer sempre a equipa médica de apoio e só não intervém no caso de haver condições climatéricas adversas. Compreendemos que aí não há nada a fazer. Não estávamos à espera é que houvesse esta deficiência na equipa médica, que deve estar sempre junto do helicóptero para poder acorrer a situações muito complicadas e, portanto ficámos muito decepcionados.”

Adão Silva refere que os custos com o meio aéreo são muitos, e que por isso não admite o cenário de operacionalidade por falta de médicos. Pior ainda quando em simultâneo estão inoperacionais o helicóptero e a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) de Bragança.

“A circunstância que se dá é que as situações se verificam em simultâneo, não há equipa médica para o helicóptero, nem equipa médica para a VMER. O helicóptero é algo que custa cerca de três a quatro milhões de euros por ano na sua operação, qualquer dia que está inoperacional é um dia de enorme desperdício. Isto não pode ser, para além de não haver apoio às pessoas é um imenso desperdício de recursos e é uma falta de cumprimento do compromisso que o ministério da Saúde teve com Bragança, depois de ter encerrado os serviços de apoio locais, os Centros de Saúde. Nós protestamos contra esta matéria, manifestamos a nossa decepção quanto a isso e queremos informações.”

O deputado do PSD pede ainda uma alteração da situação, para que não se repita no futuro.

“Precisamos ter credibilidade e confiança nos instrumentos que são postos pelo governo à disposição dos cidadãos. Não pode haver uma situação em que há dias em que funcionam e outros não, isto não contemporiza com situações de urgência e de emergência como aquelas do dia sete. Ainda por cima vai haver uma larga lista de dias no mês de Julho, em a equipa médica não estará operacional, e por isso este meio aéreo não vai estar disponível.”

A ministra da Saúde tem agora 30 dias para responder às questões do deputado do PSD, eleito por Bragança, Adão Silva.


Fonte: Onda Livre Rádio