sábado, 24 de abril de 2010

Helicóptero do INEM já fez treze operações socorro


A ministra da Saúde, Ana Jorge, visitou, na segunda-feira passada, em Macedo de Cavaleiros, as instalações onde está sedeado, desde o início deste mês, o helicóptero SIV (Suporte Imediato de Vida), que serve os distritos de Bragança e Vila Real. A vinda do heli, que chegou com quase dois anos de atraso, foi uma das contrapartidas do Governo pelo encerramento de alguns serviços de saúde na região.

Segundo a ministra, o meio vai proporcionar um “socorro mais célere aos acidentados e um transporte mais atempado de doentes para os hospitais”.

Com a visita a Macedo de Cavaleiros, Ana Jorge pretendeu assinalar a entrada em serviço dos três helicópteros no princípio do mês. Os outros dois foram colocados em Aguiar da Beira e em Ourique. Segundo a ministra, com estes meios “é assegurado o socorro mais eficaz a meio milhão de pessoas”. O objectivo é, sublinhou, estar em qualquer lugar que exija um serviço de emergência, desde o local do acidente até aos hospitais. “Salvar vidas e deixá-las em condições” de modo a diminuir riscos e atenuar as consequências dos acidentes é, diz a governante, a preocupação permanente dos profissionais que operam naqueles meios de socorro. Desde que está sedeado em Macedo de Cavaleiros, o helicóptero já foi chamado a intervir 13 vezes, cinco das quais para fazer transportes secundários de doentes.

Para a ministra da Saúde, a vinda do helicóptero para Macedo de Cavaleiros não implica o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) no distrito de Bragança. “Uma coisa não tem a ver com a outra”, garantiu a governante. E explicou: “o helicóptero é uma resposta de urgência para prestar cuidados de emergência a quem precisa deste tipo de cuidados”. Os horários dos centros de saúde serão a seu tempo analisados, garantiu a governante, adiantando que, “neste momento, não está nada em causa, nem haverá alteração dos horários de atendimento nocturno nos centros de saúde do distrito”.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Abílio Gomes, defendeu que cabe aos municípios da região criarem condições para que os helicópteros possam aterrar e levantar em segurança. Neste momento, os meios aéreos existentes deparam-se com o problema da inexistência de heliportos. Para este dirigente, não é necessário criar estruturas como a que existe em Macedo, que assume contornos de emergência médica. Na sua perspectiva, bastaria que fossem criadas helipistas, “locais devidamente pavimentados onde as aeronaves podem pousar e levantar e que tenham uma iluminação nocturna, ainda que a mesma seja accionada do próprio helicóptero”.

Este meio aéreo é complementado por uma Viatura de Emergência Médica e Reanimação (VMER) e por uma ambulância SIV- esta para operar nas oca-siões em que o helicóptero não puder descolar devido a condições atmosféricas adversas. A equipa de cinco elementos que está a operar com o helicóptero e com as ambulâncias é constituída por dois pilotos, um médico, um enfermeiro e um mecânico.

Cada voo custa mais de mil euros

Um milhão e 600 mil euros é quanto vai custar a estadia do helicóptero em Macedo de Cavaleiros. A esta despesa acrescem ainda os custos de 872 euros, por cada hora de voo, e de 150 euros, por hora, para a tripulação. Somando a estes valores os encargos assumidos com os outros dois meios aéreos adquiridos para reforçar a emergência médica nacional, a despesa atinge o valor anual de 12 milhões de euros.

Por: João Branco
Fonte: Semanário Transmontano