O dispositivo de combate a fogos do distrito de Vila Real sofreu uma redução de «11 por cento» dado o período de «complexidade» do país, anunciou o comandante Distrital de Operações e Socorro, Carlos Silva.
A redução, segundo o comandante, aconteceu nos meios aéreos de ataque inicial e, ao contrário de 2010, o distrito não irá ter dois aviões a operar em Vila Real, mas mantêm o helicóptero.
Além dos meios aéreos, houve uma diminuição de seis equipas no corpo de bombeiros, ficando o dispositivo com 40 equipas permanentes para fazer face aos incêndios.
Os cortes, disse, aconteceram nos concelhos do distrito que dispunham de mais meios, mas a redução foi «ligeira» e não compromete o ataque inicial aos fogos florestais, principal conceito de operações.
Este ano, o dispositivo de combate aos fogos é composto por 1.100 elementos de diferentes entidades locais, 205 viaturas e cinco meios aéreos.
Sobre qualquer ocorrência, frisou Carlos Silva, a ideia é o dispositivo ter meios de combate no terreno ao fim de vinte minutos para solucionar as situações, se ultrapassar esse tempo podem surgir «complicações e é necessário reforçar os meios».
O ano de 2010 foi um ano «complicado» para o distrito porque arderam 19 mil hectares de floresta e alguns incêndios colocaram populações em risco.
Carlos Silva relembra que a tarefa do dispositivo fica «mais complicada» sem a participação dos cidadãos, pelo que «é importante que as pessoas diminuam os comportamentos de risco e preservem a floresta».
O governador Civil, Alexandre Chaves, salienta que o distrito de Vila Real tem um dispositivo de combate a incêndios florestais adequado e que o «grave» problema é a quantidade de ignições.
O autarca acredita que Vila Real é um dos distritos do país com maior número de ignições, dado que, são «cerca de 1.500» por ano e há dias em que ocorrem «mais de 15».
O elevado número de ignições é tido, por Alexandre Chaves, como um número «demasiado elevado» para a comunidade distrital, por isso, é importante que haja por parte das autoridades locais um «reforço» da vigilância das florestas para encontrar os incendiários.
Acrescentando que o facto da lei só poder incriminar os pirómanos apanhados em flagrante delito leva ao «aumento» do número de focos de incêndio na região.
Este ano, à semelhança do anterior, o Governo Civil vai levar a cabo junto da população acções de sensibilização para a importância de proteger a floresta.
Fonte: Lusa