quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bombeiros: Ministro da Administração Interna defende novas formas de financiamento



O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, reconheceu hoje que algumas corporações de bombeiros do país atravessam problemas financeiros, devido à diminuição de serviços de transporte de doentes, defendendo que devem ser encontradas novas formas de financiamento.

O governante referiu que “uma parte importante do financiamento das corporações dos bombeiros assenta nos serviços que são prestados na área da saúde”, admitindo que os problemas que “são conhecidos” têm “dificultado a vida dessas corporações”.

“O que deve estar em cima da mesa é uma perspetivação diferente da forma de financiar o conjunto do sistema, tendo em conta a riqueza absolutamente única na Europa que é uma tão extensa rede de corporações de bombeiros assente na generosidade do voluntariado”, afirmou Miguel Macedo.

O ministro da Administração Interna falava aos jornalistas depois de presidir à cerimónia de assinatura de 17 contratos de cofinanciamento comunitário com associações de bombeiros voluntários e municípios, que decorreu nas antigas instalações do Governo Civil de Évora.

Os contratos, estabelecidos com 12 corporações de bombeiros e quatro municípios, envolvem um investimento global de 11,8 milhões de euros, financiados, maioritariamente, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Neste conjunto de contratos, segundo o ministro Miguel Macedo, existe “um investimento importante que traduz o redobrado empenho que o Governo tem num sistema tão a importante como é o da proteção civil”.

Ainda assim, o governante sublinhou que é necessário avançar com “algumas reformas no setor”, nomeadamente, com a criação de “cartas de risco”, que permitam identificar o risco que existe em cada concelho, para, dessa forma, “adequar o dispositivo”.

O titular da pasta da proteção civil considerou que a época de incêndios florestais, que termina a 15 de outubro, “tem corrido muito bem”, mas reconheceu que os resultados ainda provisórios não são “mérito especial do Governo”, mas sim “daqueles que todos os dias trabalham” no terreno.

“O país está satisfeito por não ter um daqueles anos infernais que, muitas vezes, tiram bens a muita gente e que põem muita gente na desgraça”, afirmou.

Fonte: Diarionline