sábado, 10 de setembro de 2011

Bombeiros profissionais alertam para consequências de "cortes cegos"



Os representantes dos bombeiros profissionais alertaram este sábado para as consequências de "cortes cegos" no sector, considerando que restrições orçamentais para a área da protecção civil poderão pôr em causa o socorro de pessoas.

"O fantasma financeiro, o fantasma dinheiro, o fantasma da 'troika' não devem interferir na protecção civil, nem nos bombeiros. É uma área onde os bombeiros têm que estar permanentemente disponíveis para socorrer e salvar pessoas", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, a propósito do Dia Nacional do Bombeiro Profissional, que se assinala no domingo.

Fernando Curto adiantou que não se pode "ignorar a área dos bombeiros e da protecção civil pelo facto de o país estar em crise", devendo o Governo e as câmaras municipais ter "cuidado" em "não cortar verbas a título cego".

O presidente da ANBP esclareceu que não está a pedir verbas para os bombeiros, mas sim a chamar a atenção para a necessidade de o Governo e câmaras municipais continuarem a investir na protecção civil, apesar da crise.

Nesse sentido, defendeu uma "reorganização de toda a situação financeira" com o objectivo de melhorar o destino das verbas. "Se isso acontecer, estão reunidas as condições para se continuar a prestar socorro e para que haja sustentabilidade", disse.

A criação de uma taxa municipal de protecção civil, uma rubrica específica para os bombeiros nos orçamentos das autarquias e um ordenamento das viaturas são algumas das sugestões de Fernando Curto para reorganizar financeiramente esta área.

Fonte: JN