quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Licenciaturas na área da Protecção Civil: Entidades públicas ‘ignoram’ licenciados



A formação superior em áreas ligadas à Protecção Civil é recente mas muitos dos licenciados queixam-se da falta de procura por parte dos poderes central e local. Os empregadores trocam a “experiência” pela “especialização” e os jovens que saem das instituições de ensino sentem-se preteridos e questionam o futuro. Nesta edição publicamos uma carta de um jovem licenciado que decidiu alertar o Governo. Ouvimos também algumas instituições de ensino.


Não é preciso procurar muito para perceber que na abertura de concursos públicos para o preenchimento de vagas na categoria de técnicos superiores, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) é a primeira a não recorrer a licenciados na área que tutela. Já este Verão, a ANPC fez publicar em Diário da República seis avisos de abertura de procedimentos concursais para o preenchimento de sete lugares a quem são pedidos vários tipos de licenciaturas, sem que em momento algum se peça formação superior na área da Protecção Civil. Os avisos estão publicados na página da internet da própria ANPC. A situação é tanto ou mais estranha, quando se percebe que na longa lista de requisitos para licenciados, por exemplos em Direito ou Engenharia, a ANPC aponte como temas obrigatórias para as provas de aferição, conhecimentos na área dos corpos de bombeiros, Lei de Bases de Protecção Civil, Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), entre outras matérias que constam obrigatoriamente das licenciatura nas áreas da Protecção Civil, ministradas em Portugal há cerca de seis anos. Saiba mais na edição em papel do "Bombeiros de Portugal".

Fonte: BP