sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estado gastou mais de 1 milhão de euros só a combater cinco fogos


Os cinco maiores incêndios florestais deste ano custaram ao Estado cerca de 1,1 milhões de euros e a maioria teve origem em queimadas, relevam dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
O incêndio que causou mais prejuízos ocorreu na Bendada, concelho do Sabugal (Guarda), teve um custo de aproximadamente 256 mil euros e foi provocado por uma queimada.

Segundo a ANPC, dois outros incêndios que tiveram origem em queimadas registaram-se no distrito de Bragança e custaram, cada um, cerca de 246 mil euros e 222 mil euros.

A ANPC indica também que um fogo provocado por um conflito entre caçadores que deflagrou no distrito de Vila Real causou um prejuízo de cerca de 141 mil euros.

Aos cerca de 1,1 milhões de euros que os cinco maiores incêndios custaram ao Estado português junta-se ainda o valor dos meios envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

O Governo gastou este ano com o DECIF cerca de 66 milhões de euros, menos 12 por cento (%) do que em 2010, refere a ANPC, acrescentando que este ano o dispositivo de combate a incêndios durou mais 33 dias devido às temperaturas registadas em Outubro.

Segundo a Protecção Civil, 39 milhões de euros foram gastos nos meios aéreos, 17 milhões nos meios humanos, dois milhões em combustíveis, além de sete milhões em despesas extraordinárias não especificadas.

Dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN) indicam que a área ardida desceu este ano para metade em relação a 2010, mas o número de incêndios aumentou cerca de 15%, tendo para isso contribuído os fogos registados em Outubro.

Segundo a AFN, entre 01 de Janeiro e 31 de Outubro arderam 70.193 hectares de florestas, menos 62.795 hectares do que no mesmo período do ano passado, quando a área ardida se situou nos 132.988.

Já as ocorrências de fogo aumentaram este ano, tendo-se registado 25.318, mais 3.455 do que no mesmo período do ano passado, quando se verificaram 21.863 incêndios.

Para estes números contribuíram os incêndios de Outubro, mês «relativamente atípico quando comparado com as médias mensais da última década». Segundo a ANPC, Outubro foi o mês com maior número de fogos dos últimos 12 anos.

A época mais crítica em incêndios florestais concentra-se entre Julho e Setembro, mas este ano o Governo reforçou até final de Outubro o dispositivo de combate a incêndios florestais.

Fonte: Lusa/SOL