quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Governo estuda hipóteses em alternativa à extinção da EMA


O ministro da Administração Interna disse que estão a ser estudadas três hipóteses em alternativa à extinção da Empresa de Meio Aéreos (EMA), garantindo que o combate aos incêndios contará com mais meios a um menor custo.

«Estamos a equacionar três hipóteses alternativas para solução dos meios aéreos e a avaliar cada uma dessas hipóteses», disse Miguel Macedo aos jornalistas no final da cerimónia de avaliação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais promovida pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

O ministro adiantou que está «convicto» que no próximo ano o dispositivo de combate a incêndios florestais vai contar com «mais meios aéreos com menos custos», adiantando que até ao final do ano vai haver alterações no sector da protecção civil para que o dispositivo de combate a incêndios florestais esteja em «estado de prontidão» no próximo ano.

Para o ministro, o objectivo é melhorar a resposta no próximo ano durante a fase mais critica de incêndios florestais. Miguel Macedo afirmou ainda que o sistema de protecção civil vai continuar na administração interna.

A área ardida desceu este ano para metade em relação a 2010, mas os incêndios aumentaram cerca de 15 por cento, tendo para isso contribuído os fogos registados em Outubro, segundo os dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN).

A AFN indica que entre 01 de Janeiro e 31 de Outubro arderam 70.193 hectares de florestas, menos 62.795 hectares do que no mesmo período do ano passado, quando a área ardida se situou nos 132.988.

Já as ocorrências de fogo aumentaram este ano, tendo-se registado 25.318, mais 3.455 do que no mesmo período do ano passado, quando se verificaram 21.863 incêndios. Para estes números contribuíram os incêndios de Outubro, mês «relativamente atípico quando comparado com as médias mensais da última década».

O maior número de incêndios e de área ardida concentrou-se em Outubro, o que levou o Governo a reforçar por duas vezes, o dispositivo de combate a incêndios florestais e a despender mais de 1,2 milhões de euros.

Fonte: Lusa