domingo, 6 de novembro de 2011

Bombeiros ganham central mais fiável e autónoma



Os Bombeiros Municipais do Funchal (BMF) dispõem a partir de agora de uma central de comunicações mais fiável e autónoma.
O equipamento foi inaugurado ontem pelo presidente da Câmara Municipal do Funchal que, na ocasião, aproveitou para enunciar as valências do mesmo e lembrar que se trata de um complemento ao Plano de Emergência que está a ser elaborado para a cidade.
Considerada «uma das prioridades» daquele Plano, como Miguel Albuquerque fez questão de dizer, esta nova central vai permitir, por um lado, «um melhor registo e uma georeferenciação dos alertas em tempo real» e, por outro, «uma activação de todo o corpo de bombeiros face a uma situação de emergência, monitorizando as chamadas que são recebidas consoante o seu grau de emergênia e suas características».
Com a capacidade de ter o registo automático de todas as comunicações e ocorrências, esta central tem ainda a vantagem de ser totalmente autónoma, isto porque, como elucidou o autarca, «numa situação de emergência ou de catástrofe, é muito importante que os bombeiros municipais e a protecção civil não estejam dependentes de factores aleatórios em termos de comunicações e de terceiros».
«Quando o sistema todo vai abaixo, nós temos de garantir autonomia e o funcionamento contínuo da nossa central de comunicações», afirmou Miguel Albuquerque, salientando que o investimento, que custou à volta de 107 mil euros, «vem resolver uma das prioridades dos bombeiros municipais e da protecção civil municipal e que é a garantia de uma maior fiabilidade das comunicações e, por outro lado, da sua autonomia».
Para além das características já enunciadas, é de referir que, em caso de catástrofe, este sistema permitirá também a comunicação por telemóvel em tempo real da situação de alerta e da gravidade do mesmo.
Ainda a respeito da nova central, o comandante dos Bombeiros Municipais do Funchal, Nelson Bettencourt, quis esclarecer que esta terá a capacidade de criar «vários níveis de intervenção ou níveis de actuação».
Isto é, «são níveis que vão definir quando e quem deverá ser activado pelo próprio sistema de comunicações e, dependendo do tipo de situação ou catástrofe é que serão activados não só toda a corporação, como também elementos da presidência e técnicos da Câmara Municipal», explicou o responsável.

Ajuda será dada consoante os graus de emergência

Recorrendo à catástrofe ocorrida a 20 de Fevereiro de 2010, Miguel Albuquerque aproveitou para clarificar que, em caso de situação semelhante, as respostas aos pedidos de ajuda serão dadas consoante os graus de emergência. Ou seja, «nós temos de ser muito frios e racionais na selectividade da intervenção. Ou seja, se houver uma derrocada que afecte uma casa, sem pessoas lá dentro, é óbvio que isso não será tão importante se estiver em causa a salvaguarda de vidas humanas e evacuação de pessoas. É por esta razão que a selectividade das chamadas é fundamental», afirmou por fim.

Fonte: Jornal da Madeira