terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Empresário de Bragança exige desmentido do vereador de Macedo de Cavaleiros

O Caso “Sopedra” continua a dar que falar em Macedo de Cavaleiros. Depois de na passada sexta-feira o responsável da empresa se ter manifestado em frente à Câmara de Municipal, António Leitão esteve ontem na reunião de câmara para exigir explicações e o desmentido das declarações à comunicação social que negam a versão do empresário.

Foi de Carlos Barroso, vereador das Obras Públicas de Macedo de Cavaleiros que partiu a resposta da autarquia às afirmações de António Leitão na passada sexta-feira. O empresário não gostou e apareceu na reunião de câmara de ontem.

“Vim aqui porque me chamaram mentiroso. Nunca tive ninguém que me chamasse mentiroso, só o sr. Barroso”, diz. António Leitão realça o facto de a dívida da autarquia para com a Sopedra ser insignificante mas acusa a câmara de ter dívidas com outras empresas que por sua vez não pagam à Sopedra.

“Não é pelo que me devem a mim mas a outros empreiteiros que não me pagam porque não recebem da câmara. A mim devem 484 euros mas devem a outras empresas que me devem 20 mil euros”, sublinha.

Para provar o que diz, António Leitão fez chegar um documento à oposição no final da reunião de Câmara. Rui Vaz considera que o empresário não se ia manifestar por apenas 484 euros.

“O que está em causa é uma dívida que um empreiteiro que fez o centro escolar, que a câmara deve 350 mil euros e o empreiteiro não paga 21 mil euros pelos serviços prestados pela Sopedra porque não recebe da autarquia”, diz Rui Vaz.

Em causa estará uma alegada dívida de cerca 340 mil euros por parte da autarquia à empresa de obras públicas responsável pelo parque de estacionamento do centro Escolar o que supostamente conduz ao não pagamento de perto de 20 mil euros por parte desta empresa à Sopedra. António Leitão promete não parar por aqui e enviou mesmo uma carta ao Jornal de Notícias afirmando que as declarações do vereador expressas no jornal são falsas.
Confrontado com esta situação, o autarca Beraldino Pinto não quis tecer qualquer comentário. A mesma atitude teve Carlos Barroso que remete para as afirmações da passada sexta-feira, que agora recuperamos.

“É natural que haja empresas com autos para pagar, com menos de 60 dias. Quando fazemos empreitadas contratamos empresas, não sabemos os relacionamentos com os sub-empreiteiros. A câmara não tem dívidas nesse montante”, disse, na altura, o vereador.

Por sua vez, a empresa responsável pelo Parque de Estacionamento do Centro Escolar também não quis comentar o caso.

Fonte: CIR