domingo, 23 de janeiro de 2011

Miranda tem única Unidade de Cuidados Paliativos ao domicílio do distrito

Cerca de 60 famílias de doentes em fase terminal, no Planalto Mirandês, já recebem apoio 24 horas por dia graças à Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos, criada há um ano.

Um projecto pioneiro na região e que tem como objectivo melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias.

É a segunda unidade do género no país e funciona em articulação intermunicipal abrangendo os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

É composta por uma equipa multidisciplinar de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e voluntários.

O objectivo é dar apoio a doentes crónicos incuráveis.

“Estão envolvidas as três câmaras do planalto mirandês, as santas casas da misericórdia e centros de saúde dos três concelhos” explica coordenadora da unidade, acrescentando que o objectivo “é prestar cuidados de saúde e acção social, psicologia e apoio nutricional a todos os doentes que padeçam de doença grave, progressiva, crónica e incurável e que estão no domicilio ou nos lares”.

Camas articuladas, andarilhos, cadeiras de rodas, cadeirões relax são alguns dos equipamentos de apoio que a unidade empresta aos doentes.

Um projecto que não se destina apenas aos doentes crónicos, mas também ao acompanhamento permanente das famílias.

“Os doentes precisam de ser tratados e apoiados, mas a família também precisa muito de ser acompanhada porque tem um grande peso sobre as costas” refere Jacinta Fernandes.

A unidade está contactável 24 horas por dia, mas os responsáveis ponderam vir a implementar o sistema de Tele-Alarme.

Um meio de comunicação que permite ao doente maior segurança e independência em casa.

“É um aparelho que a pessoa. Carrega num botão e pode contactar com o call-center ou até mesmo com a família. Já temos sinalizados alguns doentes que podem usufruir desse sistema e esperamos que a curto prazo possam ser servidos por esse meio de comunicação” acrescenta.

O projecto é financiado pelos três municípios envolvidos, pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) e pela Fundação Gulbenkian.

Esta unidade é composta por uma equipa em que 75% dos profissionais envolvidos tem formação em Cuidados Paliativos.

Escrito por CIR