Em pouco mais de meio ano, o helicóptero do INEM estacionado em Macedo de Cavaleiros foi accionado 106 vezes.
Desde Abril, altura em que entrou em funcionamento, o meio aéreo de emergência foi solicitado 157 vezes, mas em algumas situações não pode descolar.
Os números foram avançados ontem durante o Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica, realizado em Macedo de Cavaleiros.
As acessibilidades do distrito foram os principais obstáculos apontados pelos profissionais de emergência médica neste fórum.
Sobre este assunto, o director regional do INEM, manifestou-se preocupado com facto de ainda não existirem heliportos em todos os concelhos.
Facto que, segundo ele, pode causar demoras na assistência a doentes.
Ainda assim, Luís Meira salienta que, em alternativa podem ser utilizados os campos de futebol para a aterragem.
“Neste momento, os doentes têm a prestação de cuidados passadios poucos minutos depois do CODU receber a informação e esta é uma mais valia” considera, acrescentando que “depois de termos o médico e o enfermeiro junto do doente com equipamento para o estabilizar, o tempo que se demora para chegar ao hospital já não é tão significativo do ponto de vista da mortalidade”.
Já o comandante dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros diz que um dos principais problemas que existe nesta região ao nível da emergência médica é a falta de comunicação, nomeadamente entre a população mais idosa, e o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes).
“Vivemos num distrito com população envelhecida e que ao pedir socorro pelo 112 tem alguma dificuldade em responder a todas as perguntas do protocolo estabelecido pelo CODU” refere João Venceslau, acrescentando que “temos de inverter esta situação porque há muita gente que vai para a urgência do hospital que precisava um socorro diferenciado”.
No distrito com mais casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do país, esta foi também uma realidade em destaque durante o fórum.
A distância representa um entrave à assistência destes casos.
“O tratamento da fibrinólise deverá ser feito até três horas após a instalação dos sintomas. Se isso acontecer num concelho distante como é o caso de Freixo de Espada á Cinta é muito difícil o doente chegar até nós em tempo útil” explica Jorge Poço, responsável da Unidade de AVC do Centro Hospitalar do Nordeste.
O Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica foi uma iniciativa a cargo da corporação de bombeiros de Macedo e do INEM que reuniu médicos, enfermeiros, bombeiros e outros profissionais de forma a partilhar experiências, adquirir e melhorar competências e perceber as necessidades da região ao nível da emergência médica.
Foto: BPS
Escrito por CIR
Desde Abril, altura em que entrou em funcionamento, o meio aéreo de emergência foi solicitado 157 vezes, mas em algumas situações não pode descolar.
Os números foram avançados ontem durante o Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica, realizado em Macedo de Cavaleiros.
As acessibilidades do distrito foram os principais obstáculos apontados pelos profissionais de emergência médica neste fórum.
Sobre este assunto, o director regional do INEM, manifestou-se preocupado com facto de ainda não existirem heliportos em todos os concelhos.
Facto que, segundo ele, pode causar demoras na assistência a doentes.
Ainda assim, Luís Meira salienta que, em alternativa podem ser utilizados os campos de futebol para a aterragem.
“Neste momento, os doentes têm a prestação de cuidados passadios poucos minutos depois do CODU receber a informação e esta é uma mais valia” considera, acrescentando que “depois de termos o médico e o enfermeiro junto do doente com equipamento para o estabilizar, o tempo que se demora para chegar ao hospital já não é tão significativo do ponto de vista da mortalidade”.
Já o comandante dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros diz que um dos principais problemas que existe nesta região ao nível da emergência médica é a falta de comunicação, nomeadamente entre a população mais idosa, e o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes).
“Vivemos num distrito com população envelhecida e que ao pedir socorro pelo 112 tem alguma dificuldade em responder a todas as perguntas do protocolo estabelecido pelo CODU” refere João Venceslau, acrescentando que “temos de inverter esta situação porque há muita gente que vai para a urgência do hospital que precisava um socorro diferenciado”.
No distrito com mais casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do país, esta foi também uma realidade em destaque durante o fórum.
A distância representa um entrave à assistência destes casos.
“O tratamento da fibrinólise deverá ser feito até três horas após a instalação dos sintomas. Se isso acontecer num concelho distante como é o caso de Freixo de Espada á Cinta é muito difícil o doente chegar até nós em tempo útil” explica Jorge Poço, responsável da Unidade de AVC do Centro Hospitalar do Nordeste.
O Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica foi uma iniciativa a cargo da corporação de bombeiros de Macedo e do INEM que reuniu médicos, enfermeiros, bombeiros e outros profissionais de forma a partilhar experiências, adquirir e melhorar competências e perceber as necessidades da região ao nível da emergência médica.
Foto: BPS
Escrito por CIR