terça-feira, 12 de outubro de 2010

Helicóptero do INEM já pode aterrar no Douro


O helicóptero do INEM já pode começar a aterrar no heliporto de Massarelos (Porto) a partir de hoje, terça-feira. Ontem, realizaram-se testes na plataforma do Douro com o héli de emergência médica e uma ambulância. Os procedimentos foram comunicados ao CODU.

Dois dias depois do JN noticiar que os helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não estavam a aterrar no heliporto do Douro por questões burocráticas, a nova direcção do INEM, liderada por Miguel Soares de Oliveira, resolveu a questão.

"O helicóptero pode começar a aterrar na plataforma da Douro Azul a partir de amanhã [hoje]", afirmou, ao JN, o presidente do INEM.

Ontem, a direcção regional do Norte do instituto realizou os testes necessários à utilização da plataforma pelo héli de emergência médica e pelas ambulâncias.

Recorde-se que a infra-estrutura, propriedade da empresa que promove circuitos turísticos de helicóptero, foi adaptada para receber o héli do INEM com doentes urgentes com destino ao Hospital de Santo António. A obra ficou pronta em Maio, mas faltava um último aval para a estrutura começar a servir o seu novo propósito.

A adaptação do heliporto, paga pelo Centro Hospitalar do Porto, consistiu na construção de uma rampa para acesso das macas à cota da estrada, onde uma ambulância espera o doente para transportá-lo ao Hospital de Santo António, que fica a poucos minutos, pela Rua da Restauração.

Os testes foram positivos e ainda ontem, adiantou ao JN Miguel Soares de Oliveira, foi comunicada ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a disponibilidade da nova plataforma, bem como os procedimentos a adoptar no caso de necessidade de accionamento do héli.

"Esta plataforma faz todo o sentido porque está muito próxima do Santo António", realçou Miguel Soares de Oliveira, acrescentando que a ARSN (Administração Regional de Saúde do Norte) "está a par e subscreve a solução encontrada". O presidente do INEM elogiou ainda a atitude pró-activa do Centro Hospitalar do Porto na colaboração com o instituto e na procura de uma solução para um heliporto.

Miguel Soares de Oliveira, que entrou em funções quinta-feira passada, esclareceu também que não foi por falta de documentos que a plataforma esteve desde Maio sem receber hélis do INEM.

Com base em informações recolhidas junto do Centro Hospitalar do Porto, o JN noticiou no sábado passado que havia licenças do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Administração dos Porto do Douro e Leixões (APDL) que ainda não tinham chegado às mãos da direcção do INEM, o que estava a impedir a utilização da estrutura.

Fonte: JN