sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bombeiros satisfeitos com MAI esperam agora criação de grupos de trabalho para resolver problemas


Representantes dos bombeiros estiveram hoje reunidos com o secretário de estado da Administração Interna tendo saído “satisfeitos” do encontro, no qual terá sido anunciada a criação de grupos de trabalho para resolver os problemas.

Durante duas horas, responsáveis da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP) estiveram reunidos no Ministério da Administração Interna (MAI) com o secretário de estado Filipe Lobo d’ Ávila para analisar o caderno reivindicativo dos bombeiros.

No final do encontro e em declarações aos jornalistas o presidente da ANBP, Fernando Curto, saudou a “disponibilidade” do atual executivo que terá prometido a “criação, já no início do próximo ano, de grupos de trabalho para estudar a reorganização do sector”.

Fernando Curto acredita que estas equipas poderão encontrar formas de contrariar os efeitos da atual conjuntura económica que está a afetar os bombeiros profissionais, quer sapadores e municipais, quer os profissionais das associações humanitárias de bombeiros voluntários.

“O grande problema dos bombeiros não é financeiro mas sim de organização financeira. É preciso que os bombeiros recebam os subsídios a que têm direito e que as verbas sejam atribuídas com fundamento, tendo sempre em conta a relação entre os custos e os gastos. É preciso não ficar 60 ou 90 dias à espera para receber”, concluiu Fernando Curto, lembrando casos com o dos bombeiros de Reguengos de Monsaraz a quem “a ARS (Administração Regional de Saúde) deve 340 mil euros”.

De acordo com a ANBP/SNBP, os grupos de trabalho deverão ser compostos por representantes de todas as estruturas que lidam com os bombeiros, desde ministérios a autarquias, sendo sempre supervisionados pelo MAI.

Os grupos de trabalho “vão apresentar estudos técnicos para encontrar um caminho”, disse ainda o sindicalista, referindo-se a casos concretos como os horários de trabalho, as condições dos efetivos, os financiamentos das autarquias e associações.

Fonte: Jornal i