A implosão da torre 5 do Bairro do Aleixo, no Porto, vai ser anunciada por sinais sonoros, que começarão a fazer-se ouvir dois minutos antes do rebentamento das cargas explosivas. A queda da torre deve acontecer rapidamente, no prazo de 10 segundos, algures entre as 11h30 e o meio-dia. Rui Rio e alguns convidados irão assistir a tudo de um barco que vai sair do cais da Estiva, às 10h.
“Quando faltarem dois minutos para a explosão, ouvir-se-ão três toques, de cinco segundos cada, e espaçados por dez segundos de diferença”, explica ao PÚBLICO o tenente-coronel Rebelo de Carvalho, comandante operacional da Protecção Civil.
O centro de operações está montado num terreno devoluto na Rua do Ouro e é ali que o responsável indica que após aqueles primeiros sinais sonoros, e quando faltarem 30 segundos para a implosão será ouvido “um toque contínuo de 20 segundos”. Depois, segue-se uma contagem decrescente que, terminada, dará início a uma espécie de período suspenso, que durará seis segundos, e durante o qual “toda a informação está a chegar a todas as cargas explosivas”. O rebentamento acontecerá a seguir.
Quem estiver a assistir verá então, primeiro, a água impulsionada pelas cargas explosivas a subir, a uma altura que se espera que atinja a altura da torre. Imediatamente a seguir, o prédio cairá, servindo a água como barreira de protecção à disseminação de poeiras. O processo deverá estar concluído em segundos.
Às 9h30, todas os moradores da Rua da Mocidade da Arrábida tinham deixado as suas casas e as equipas que calcorreavam as torres 3 e 4, evacuando os edifícios, tinham coberto já todos os pisos entre o 13.º e o 5.º. Rebelo de Carvalho esperava que a primeira avaliação dos edifícios estivesse concluída às 10h, seguindo-se, depois, as verificações para garantir que ninguém permaneceria dentro do perímetro de segurança.
Fonte: Público
