sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobe para 81 o número mortos em incêndio em hospital

Ascende a 81 o número de pessoas que morreram hoje após um incêndio num hospital de Calcutá, no leste da Índia, causado por uma negligência que as autoridades classificaram como «crime imperdoável» pela falta de medidas de combate ao fogo no edifício.
No início da tarde, a imprensa da região dava conta de 81 mortos, 78 dos quais pacientes, numa contagem que tem crescido ao longo do dia, conforme eram resgatados os corpos do complexo hospitalar AMRI, no sul de Calcutá.

A chefe do Governo regional de Bengala, Mamata Banerjee, chegou às imediações do hospital a meio da manhã e apontou os gerentes do hospital privado como responsáveis pelo incêndio, que começou por volta das 3:00 da manhã locais.

Segundo a estação de TV de NDTV, a chefe do Executivo de Bengala pediu «a condenação mais dura possível» aos responsáveis, aos quais já foi retirada a permissão de atividade.

Mamata anunciou durante a tarde que foram detidos quatro diretores do hospital e dois executivos das empresas proprietárias, os grupos empresariais Emami e Shrachi.

Inaugurado em 1996, a imprensa local revelou que o complexo hospitalar não tinha detectores de fumo, embora há três anos tenha ali sido registado um incêndio de grandes proporções.

Uma pessoa que participou dos trabalhos de resgate relatou à NDTV que houve muitas dificuldades para resgatar no meio do caos as cerca de 160 pessoas presas, já que portas e janelas estavam bloqueadas.

Uma das principais acusações dos familiares das vítimas foi o tempo levado pelos bombeiros a chegar ao local. Segundo relatos, as equipas de combate ao fogo apenas chegaram entre duas a três depois do início do incêndio.

A demora foi negada a NDTV por um responsável dos bombeiros, para quem as equipas se dirigiram ao hospital assim que foram avisadas e a responsabilidade seria do hospital, por não possuir medidas contra incêndio.

O fogo começou por causas ainda desconhecidas na cave da instituição, um espaço de estacionamento, mas transformado em armazém no qual havia material inflamável.

Fonte: Diário Digital