segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Funcionário dos CTT desviou dinheiro destinado aos bombeiros


Um funcionário dos CTT do Marco de Canaveses desviou uma quantia indeterminada de donativos em dinheiro destinados aos bombeiros daquela cidade, confirmaram hoje à Lusa fontes dos Correio e da direção da corporação.

“A situação existe e este trabalhador já rescindiu contrato por vontade própria. O processo vai agora seguir normalmente”, afirmou a fonte dos CTT, recusando mais esclarecimentos sobre o caso em concreto.

No entanto, lembrou que o envio de dinheiro é proibido por lei, tendo os Correios um serviço próprio que é o “Valor Declarado”.

Cláudio Ferreira, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses, disse à Lusa que o funcionário em causa era o chefe do centro de distribuição postal naquela cidade.

O presidente dos bombeiros garante que uma inspeção interna realizada pelos serviços dos Correios “provou o desvio do dinheiro”.

“Disseram-me que foi apanhado em flagrante”, anotou, elogiando a celeridade com que os CTT resolveram a questão.

Cláudio Ferreira disse à Lusa que o dinheiro, numa quantia ainda não determinada, era de marcuenses e destinava-se à corporação no âmbito da campanha “Vamos Conseguir” para adquirir uma viatura de combate a incêndios.

“Não temos ideia da quantia, porque o dinheiro nunca chegou aos bombeiros. Nós começámos a desconfiar há algumas semanas quando as pessoas começaram a exigir-nos recibos, alegando que tinham enviado pelo correio uma determinada verba”, explicou à Lusa.

Segundo o presidente dos bombeiros, a campanha apelava ao envio do dinheiro em cheque, em vale postal ou por transferência bancária, mas algumas pessoas optaram pelo envio de notas de euros dentro de envelopes. Seriam essas que, alega Cláudio Ferreira, foram desviadas pelo funcionário dos CTT.

O dirigente dos bombeiros apela agora às pessoas que enviaram donativos em dinheiro para que informem a corporação no sentido de se quantificar o valor total que terá sido desviado.

“Só depois disso é que decidiremos o que fazer", disse à Lusa.

Fonte: GaiaFM com Lusa