Corporações esperam por 95 carros há três anos. Entregues agora os primeiros, dois foram devolvidos porque têm problemas.
Há três anos que 95 corporações do País aguardam por outras tantas viaturas para reforçar os meios de socorro. Quatro destas viaturas foram entregues pelo ministro da Administração Interna esta semana, mas duas delas já regressaram à oficina onde foram montadas para resolver problemas técnicos nos equipamentos.
As viaturas foram entregues na Autoridade Nacional de Protecção Civil numa cerimónia presidida por Rui Pereira, mas regressaram à empresa que as montou para desespero das corporações. No Sabugal há anos que os bombeiros esperavam pela entrega de uma viatura de socorro e desencarceramento. "Após muitas peripécias, fomos a Lisboa assinar o protocolo de cedência de um veículo de socorro e apoio táctico para melhorar a assistência a acidentes", conta o presidente da direcção.
Mas "o material montado na viatura, mesmo sendo novo, não aguentou sequer as demonstrações para instrução dos operacionais e teve que ser recambiado para a oficina que o montou", adianta Daniel Carriço. Nesta altura o veículo "está na oficina e esperemos que venha, material e viatura, em condições mas não sabemos quando", conclui o dirigente.
Também os bombeiros de Vila Nova de Milfontes se deslocaram a Lisboa para "receber um veículo florestal de combate a incêndios mas não puderam levantar a viatura", desabafa o comandante da corporação. Valentim Jacob conta que a viatura "teve um problema na caixa de velocidades e na ligação à bomba e não a pudemos trazer nem assinar o protocolo, por ter defeitos de montagem e no motor".
O ministério assume que existem problemas nas viaturas, mas garante que foram inspeccionadas e testadas, em formação aos bombeiros, antes da recepção na ANPC". Apesar disso os problemas "estão cobertos por garantia".
As 95 viaturas foram validadas tecnicamente pela Protecção Civil e já começaram a ser produzidas para os bombeiros que as aguardam há mais de três anos. O processo das viaturas tem-se arrastado desde 2007 quando o MAI decidiu reequipar os bombeiros com recurso a verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional. Das 95 viaturas previstas, apenas 17 não foram adquiridas, tendo o MAI lançado novo concurso público para a sua compra. Mas para o presidente dos bombeiros do Sabugal os problemas "revelam o desrespeito que a ANPC há muito tempo vem demonstrando pelos bombeiros ou então a fiscalização da produção das viaturas falhou, por falta de sentido profissional, ou incompetência".
Para a aquisição das viaturas "o investimento é de 12 milhões de euros", anunciou Rui Pereira, que garantiu a intenção de "renovar o parque de viaturas das corporações de bombeiros recorrendo ao QREN, num investimento de 26 milhões de euros". Uma preocupação manifestada também pela Liga de Bombeiros, que na análise à última época de incêndios constatou "dificuldades na actuação" dos bombeiros. Num relatório, entregue no MAI e a que o DN teve acesso, a LBP defendeu a "realização de uma auditoria técnica a todos os corpos de bombeiros para definir um Plano Integrado de Requalificação dos equipamentos".
Fonte: DN
Há três anos que 95 corporações do País aguardam por outras tantas viaturas para reforçar os meios de socorro. Quatro destas viaturas foram entregues pelo ministro da Administração Interna esta semana, mas duas delas já regressaram à oficina onde foram montadas para resolver problemas técnicos nos equipamentos.
As viaturas foram entregues na Autoridade Nacional de Protecção Civil numa cerimónia presidida por Rui Pereira, mas regressaram à empresa que as montou para desespero das corporações. No Sabugal há anos que os bombeiros esperavam pela entrega de uma viatura de socorro e desencarceramento. "Após muitas peripécias, fomos a Lisboa assinar o protocolo de cedência de um veículo de socorro e apoio táctico para melhorar a assistência a acidentes", conta o presidente da direcção.
Mas "o material montado na viatura, mesmo sendo novo, não aguentou sequer as demonstrações para instrução dos operacionais e teve que ser recambiado para a oficina que o montou", adianta Daniel Carriço. Nesta altura o veículo "está na oficina e esperemos que venha, material e viatura, em condições mas não sabemos quando", conclui o dirigente.
Também os bombeiros de Vila Nova de Milfontes se deslocaram a Lisboa para "receber um veículo florestal de combate a incêndios mas não puderam levantar a viatura", desabafa o comandante da corporação. Valentim Jacob conta que a viatura "teve um problema na caixa de velocidades e na ligação à bomba e não a pudemos trazer nem assinar o protocolo, por ter defeitos de montagem e no motor".
O ministério assume que existem problemas nas viaturas, mas garante que foram inspeccionadas e testadas, em formação aos bombeiros, antes da recepção na ANPC". Apesar disso os problemas "estão cobertos por garantia".
As 95 viaturas foram validadas tecnicamente pela Protecção Civil e já começaram a ser produzidas para os bombeiros que as aguardam há mais de três anos. O processo das viaturas tem-se arrastado desde 2007 quando o MAI decidiu reequipar os bombeiros com recurso a verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional. Das 95 viaturas previstas, apenas 17 não foram adquiridas, tendo o MAI lançado novo concurso público para a sua compra. Mas para o presidente dos bombeiros do Sabugal os problemas "revelam o desrespeito que a ANPC há muito tempo vem demonstrando pelos bombeiros ou então a fiscalização da produção das viaturas falhou, por falta de sentido profissional, ou incompetência".
Para a aquisição das viaturas "o investimento é de 12 milhões de euros", anunciou Rui Pereira, que garantiu a intenção de "renovar o parque de viaturas das corporações de bombeiros recorrendo ao QREN, num investimento de 26 milhões de euros". Uma preocupação manifestada também pela Liga de Bombeiros, que na análise à última época de incêndios constatou "dificuldades na actuação" dos bombeiros. Num relatório, entregue no MAI e a que o DN teve acesso, a LBP defendeu a "realização de uma auditoria técnica a todos os corpos de bombeiros para definir um Plano Integrado de Requalificação dos equipamentos".
Fonte: DN
