sábado, 18 de dezembro de 2010

Rui Pereira quer criar Sistema Nacional de Emergência Infantil


O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou hoje que tudo fará para ajudar a criar um Sistema Nacional de Emergência Infantil com a metodologia e modelo desenvolvido e praticado pelo Refúgio Aboim Ascensão, em Faro.

“Essa é uma questão que se dirige a todo o Governo, mas pela minha parte tudo farei para apoiar esse desígnio que já foi apresentado pelo dr. Villas-Boas (director do Refúgio) ao Governo. Sendo uma matéria que diz respeito ao Governo no seu conjunto também diz respeito ao MAI, porque a criança é uma prioridade para nós”, afirmou Rui Pereira aos jornalistas após visitar a instituição.

O Sistema Nacional de Emergência Infantil voltou hoje a ser defendido por Luís Villas-Boas durante a visita de Rui Pereira.

O director do Refúgio Aboim Ascensão considera “essencial” haver uma rede nacional e europeia de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que atuem com a mesma metodologia utilizada pelo Refúgio, que abriga provisoriamente crianças entre os 0 e os 5 anos em situações de risco, por indicação de tribunais, da Segurança Social ou de Comissões de Proteção de Menores de todo o país até poderem regressar às suas famílias.

Rui Pereira disse que a visita serviu para “transmitir uma palavra de apoio e público apreço ao dr. Villas-Boas pelo trabalho magnífico desenvolvido” e defendeu que “esse trabalho deve ser um estímulo para todos para replicar esta experiência em todo o país e no estrangeiro”.

“Vimos aqui dezenas de crianças com histórias muito problemáticas de abandono, de abuso, de maus tratos e, apesar dessas histórias tristes, vimos despertar um sorriso nessas crianças, que resulta do trabalho competente e dedicado do senhor diretor e de toda a sua equipa”, frisou o governante.

Rui Pereira sublinhou ainda que também “na perspetiva do Ministério da Administração Interna (MAI), dos serviços e forças de segurança e dos serviços de Proteção Civil as crianças são consideradas uma primeira prioridade”.

“Desenvolvemos as nossas missões de segurança e Proteção civil a pensar em todos os cidadãos, porque a segurança é um direito de todos, mas à cabeça pensamos nas crianças, com pessoas especialmente vulneráveis e que representam, afinal, o nosso futuro”, afirmou.

O ministro precisou que esta perspetiva “vale para os serviços e forças de segurança, que se empenham em programas de policiamento de proximidade apontados justamente para as crianças, como o Escola Segura”, mas também para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que “está a desenvolver o programa o SEF Vai à Escola” com o objetivo “de retirar o estigma da imigração ilegal das crianças” estrangeiras.

O ministro considerou ainda que o trabalho da instituição de Faro pode ajudar a prevenir a delinquência juvenil.

Fonte: Público