A neve voltou à Guarda há duas semanas, provocando problemas em várias estradas e localidades da região. A falta de meios continua a ser apontada como o grande responsável pelo transtorno causado. No entanto, ao que O INTERIOR pôde apurar, existem cerca de 10 limpa-neves disponíveis no distrito. A Estradas de Portugal (EP) conta com sete para os distritos de Castelo Branco, Coimbra, Viseu e Guarda, explicou o director de operações Centro-Norte. Francisco Miranda esclarece que cinco deles encontram-se no Centro de Limpeza da Serra da Estrela e estão vocacionados para actuar nas vias do maciço central, existindo uma «maior concentração no distrito da Guarda». Apesar de não ser da sua jurisdição, a EP faz descer alguns desses equipamentos à capital de distrito, sempre que a neve cai com intensidade. Foi o que aconteceu neste último nevão que cobriu a Guarda, na noite de quinta-feira. Esta entidade “emprestou” dois limpa-neves, um para o centro da cidade e outro para romper as vias de ligação ao Sabugal, que entretanto se encontrava isolado. Para além disso, as ruas guardenses contam com um limpa-neves, oferecido há 20 anos pela cidade geminada de Waterbury. No terreno, estiveram ainda «várias carrinhas de caixa aberta para espalhar sal pelas ruas», referiu o coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil da Guarda, em declarações a O INTERIOR. Eduardo Matas explica que o plano de intervenção accionado quando há nevões «dá prioridade à VICEG, porque é uma via de acesso ao hospital». Foi aí que esteve o limpa-neves que a cidade possui, seguindo depois para a Avenida Rainha Dona Amélia.
Os demais distritos têm menos equipamentos
Para além dos meios que actuam no centro da cidade, as concessionárias das auto-estradas que atravessam a região também possuem recursos que acabam por permitir manter as vias desimpedidas. A concessionária da A25, a Ascendi, revelou a O INTERIOR que possui «5 limpa-neves». Já a concessionária da A23, a Scutvias, dispõe de «dois». «Todos os equipamentos actuam habitualmente no distrito da Guarda», explicou a Scutvias. No entanto, não deixam de existir situações especiais, como aquela que se verificou em Janeiro deste ano, em que os equipamentos foram também utilizados em zonas do distrito de Castelo Branco. Esta empresa refere ainda que, em nevões excepcionais, «há uma conjugação dos diferentes meios disponíveis», verificando-se colaborações pontuais com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a EP. Noutras zonas de Portugal, onde a neve também costuma deixar rasto, existem menos meios. É o caso do distrito de Bragança. Segundo fonte do CDOS desta cidade, existem ao todo seis limpa-neves disponíveis, dois das Estradas de Portugal, outros dois das concessionárias da Estrada 21 (afectos também aos distritos de Porto e Vila Real), um nos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros e outro adquirido pela Câmara Municipal de Bragança. Já para o distrito de Viseu, existirão quatro limpa-neves das concessionárias das auto-estradas e dois da EP. Apesar destes meios, as diversas entidades envolvidas nas operações de limpeza das ruas da Guarda apontam a falta de meios como a principal causa da obstrução de vias e consequentes problemas na cidade. O Governador Civil da Guarda entende que «perante as consequências tão fortes destes últimos nevões, tudo seria diferente se existissem mais meios». No entanto, confrontado com os números dos recursos existentes no distrito, Santinho Pacheco acaba por reconhecer que, por vezes, «mesmo com o uso do equipamento adequado e em número suficiente, a neve é tanta, que não é possível desimpedir as vias».
Mais equipamento para a Guarda
À boleia dos nevões dos últimos anos, chegam quase sempre as críticas sobre a falta de recursos para enfrentar a neve. O prometido Centro de Limpeza na cidade parece estar para breve e o Governador Civil diz que alguns equipamentos «poderão chegar ainda durante este mês». Santinho Pacheco admite que a cidade, até agora, não adquiriu um novo limpa-neves «por falta de financiamento». Um equipamento destes pode rondar os «150 mil euros», referiu. Esta lacuna acaba por ser ultrapassada através da cooperação com as concessionárias e a Estradas de Portugal. Já Eduardo Matas afirma que será «celebrado um protocolo por escrito com a EP para que esta colaboração continue».
Fonte: www.ointerior.pt.
Os demais distritos têm menos equipamentos
Para além dos meios que actuam no centro da cidade, as concessionárias das auto-estradas que atravessam a região também possuem recursos que acabam por permitir manter as vias desimpedidas. A concessionária da A25, a Ascendi, revelou a O INTERIOR que possui «5 limpa-neves». Já a concessionária da A23, a Scutvias, dispõe de «dois». «Todos os equipamentos actuam habitualmente no distrito da Guarda», explicou a Scutvias. No entanto, não deixam de existir situações especiais, como aquela que se verificou em Janeiro deste ano, em que os equipamentos foram também utilizados em zonas do distrito de Castelo Branco. Esta empresa refere ainda que, em nevões excepcionais, «há uma conjugação dos diferentes meios disponíveis», verificando-se colaborações pontuais com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a EP. Noutras zonas de Portugal, onde a neve também costuma deixar rasto, existem menos meios. É o caso do distrito de Bragança. Segundo fonte do CDOS desta cidade, existem ao todo seis limpa-neves disponíveis, dois das Estradas de Portugal, outros dois das concessionárias da Estrada 21 (afectos também aos distritos de Porto e Vila Real), um nos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros e outro adquirido pela Câmara Municipal de Bragança. Já para o distrito de Viseu, existirão quatro limpa-neves das concessionárias das auto-estradas e dois da EP. Apesar destes meios, as diversas entidades envolvidas nas operações de limpeza das ruas da Guarda apontam a falta de meios como a principal causa da obstrução de vias e consequentes problemas na cidade. O Governador Civil da Guarda entende que «perante as consequências tão fortes destes últimos nevões, tudo seria diferente se existissem mais meios». No entanto, confrontado com os números dos recursos existentes no distrito, Santinho Pacheco acaba por reconhecer que, por vezes, «mesmo com o uso do equipamento adequado e em número suficiente, a neve é tanta, que não é possível desimpedir as vias».
Mais equipamento para a Guarda
À boleia dos nevões dos últimos anos, chegam quase sempre as críticas sobre a falta de recursos para enfrentar a neve. O prometido Centro de Limpeza na cidade parece estar para breve e o Governador Civil diz que alguns equipamentos «poderão chegar ainda durante este mês». Santinho Pacheco admite que a cidade, até agora, não adquiriu um novo limpa-neves «por falta de financiamento». Um equipamento destes pode rondar os «150 mil euros», referiu. Esta lacuna acaba por ser ultrapassada através da cooperação com as concessionárias e a Estradas de Portugal. Já Eduardo Matas afirma que será «celebrado um protocolo por escrito com a EP para que esta colaboração continue».
Fonte: www.ointerior.pt.