O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, admitiu ontem que o dispositivo de combate a incêndios teve dificuldade em atuar nos dias de Verão em que ocorreram mais de 350 fogos.
Numa audição parlamentar conjunta das Comissões de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território, Rui Pereira afirmou que o sistema está preparado para responder satisfatoriamente até 250 fogos por dia.
"Este ano provou-se que o sistema está preparado para ir até 350 ignições por dia, mas foi aí que as dificuldades começaram, com dias em que ocorreram 400 e mesmo 500 ignições", afirmou o ministro.
Rui Pereira considerou que, "mesmo assim, a resposta [do dispositivo de combate a incêndios florestais] foi muitíssimo competente".
Questionado pelos deputados da oposição sobre a grande quantidade de reacendimentos que ocorreram, Rui Pereira justificou que "quando há muitas ocorrências ao mesmo tempo não é possível dar tanta atenção" aos fogos em rescaldo para evitar que se reacendam.
A lição a tirar da época de incêndios é a importânica de "manter a disponibilidade de meios humanos e materiais", afirmou, argumentando que "não houve qualquer exagero no investimento neste setor".
Na audição, pedida pelo PCP e Bloco de Esquerda, o deputado comunista Agostinho Lopes questionou os "recursos escassos" do dispositivo de combate aos fogos e afirmou que "o principal problema é a falta de investimento na prevenção estrutural".
Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, questionou também que a fatia maior do investimento vá para o combate e não para a prevenção e apontou "falhas de coordenação do dispositivo, a nível local e municipal".
Pelo PSD, Pedro Batista Santos afirmou que "ainda há muito por fazer" e criticou a queda de "3,7 por cento" das verbas previstas no Orçamento do Estado para 2011 para a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Rui Pereira reconheceu que a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a existência de um comando único de todas as forças de combate a incêndios é uma estrutura "muito complexa", mas afirmou que "funcionaram bem".
Quanto à descida de verbas destinadas à Autoridade Nacional de Proteção Civil, Rui Pereira afirmou que se trata de uma redução "no orçamento inicial mas não no orçamento executado", para o que se conta também com os fundos europeus do Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Abel Baptista, do CDS-PP, afirmou que o dispositivo "não está oleado" e indicou que existem "falhas graves na estrutura", criticando ainda que a entrega de 78 viaturas de bombeiros às corporações do país só vá começar esta semana, quando os concursos foram lançados há três anos.
O ministro justificou a demora na entrega das viaturas de bombeiros com os "trâmites legais" do concurso que foi preciso seguir.
Rui Pereira afirmou ainda a necessidade de apostar mais na prevenção estrutural e no estímulo ao voluntariado nas corporações de bombeiros.
Fonte: APN/Lusa BP
Numa audição parlamentar conjunta das Comissões de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território, Rui Pereira afirmou que o sistema está preparado para responder satisfatoriamente até 250 fogos por dia.
"Este ano provou-se que o sistema está preparado para ir até 350 ignições por dia, mas foi aí que as dificuldades começaram, com dias em que ocorreram 400 e mesmo 500 ignições", afirmou o ministro.
Rui Pereira considerou que, "mesmo assim, a resposta [do dispositivo de combate a incêndios florestais] foi muitíssimo competente".
Questionado pelos deputados da oposição sobre a grande quantidade de reacendimentos que ocorreram, Rui Pereira justificou que "quando há muitas ocorrências ao mesmo tempo não é possível dar tanta atenção" aos fogos em rescaldo para evitar que se reacendam.
A lição a tirar da época de incêndios é a importânica de "manter a disponibilidade de meios humanos e materiais", afirmou, argumentando que "não houve qualquer exagero no investimento neste setor".
Na audição, pedida pelo PCP e Bloco de Esquerda, o deputado comunista Agostinho Lopes questionou os "recursos escassos" do dispositivo de combate aos fogos e afirmou que "o principal problema é a falta de investimento na prevenção estrutural".
Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, questionou também que a fatia maior do investimento vá para o combate e não para a prevenção e apontou "falhas de coordenação do dispositivo, a nível local e municipal".
Pelo PSD, Pedro Batista Santos afirmou que "ainda há muito por fazer" e criticou a queda de "3,7 por cento" das verbas previstas no Orçamento do Estado para 2011 para a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Rui Pereira reconheceu que a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a existência de um comando único de todas as forças de combate a incêndios é uma estrutura "muito complexa", mas afirmou que "funcionaram bem".
Quanto à descida de verbas destinadas à Autoridade Nacional de Proteção Civil, Rui Pereira afirmou que se trata de uma redução "no orçamento inicial mas não no orçamento executado", para o que se conta também com os fundos europeus do Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Abel Baptista, do CDS-PP, afirmou que o dispositivo "não está oleado" e indicou que existem "falhas graves na estrutura", criticando ainda que a entrega de 78 viaturas de bombeiros às corporações do país só vá começar esta semana, quando os concursos foram lançados há três anos.
O ministro justificou a demora na entrega das viaturas de bombeiros com os "trâmites legais" do concurso que foi preciso seguir.
Rui Pereira afirmou ainda a necessidade de apostar mais na prevenção estrutural e no estímulo ao voluntariado nas corporações de bombeiros.
Fonte: APN/Lusa BP