domingo, 27 de fevereiro de 2011

Bombeiros vão protestar na rua


As Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários decidiram ontem avançar para protestos, caso o entendimento com o Governo, na questão do transporte de doentes não urgentes, não seja possível. A decisão foi votada e aprovada por unanimidade, na Figueira da Foz, no Congresso Extraordinário da Liga dos Bombeiros.

"Aprovámos um conjunto de medidas, que serão alternativas, no caso de não haver entendimento no diálogo com o Governo. Se o acordo com a tutela não for possível, se nada do que achamos essencial tiver acolhimento, teremos de partir para formas de expressão pública que sempre tentámos evitar. Perspectivámos uma de duas coisas: ou fazemos um protesto público em Lisboa, com a participação de todas as federações distritais do País ou, em alternativa, fazemos um protesto público, no mesmo dia e à mesma hora, nas capitais do distrito", referiu Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Em aberto está também a possibilidade de avançarem com uma providência cautelar.

"As negociações com o Governo não estão num impasse. Queremos acreditar que existe disponibilidade no Ministério da Saúde para corrigir de forma efectiva o despacho", explicou Duarte Caldeira. A contra-proposta ao despacho do Governo será apresentada amanhã e procura salvaguardar três questões fundamentais: "Garantir o transporte a todos os cidadãos doentes; que os transportes de doentes sejam feitos por ambulância homologada; um preçário único e vinculativo para todos os serviços da rede nacional de saúde, estabelecido e obrigatório quer para os estabelecimentos de saúde quer para os bombeiros", destacou o responsável.

Em causa está um despacho do Ministério da Saúde que obriga que o transporte de doentes não urgentes tenha de obedecer a dois requisitos: a prescrição clínica e insuficiência económica. Uma medida considerada pelos bombeiros de "anti-social e injustificada". Nas últimas semanas, têm sido várias corporações a denunciar problemas económicos.

IGAI EXIGE A DEMISSÃO DE GIL MARTINS

A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) defende a demissão de Gil Martins, comandante operacional do Comando Nacional de Operações e Socorro, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Segundo a TVI, os inspectores concluíram que Gil Martins desviou cerca de 137 mil euros, entre 2007 e 2008. As conclusões do relatório, segundo a TVI, dizem que Gil Martins contou com a colaboração do seu motorista. O CM tentou ontem falar com Gil Martins. Fonte da ANPC informou que Gil Martins não faz comentários.

Fonte: CM