domingo, 27 de fevereiro de 2011

Recurso ao QREN para novos quartéis e viaturas vai continuar

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou ontem que o Governo vai continuar a recorrer a verbas do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para construir quartéis e adquirir viaturas para os corpos de bombeiros.

“Esse esforço vai continuar”, disse hoje o ministro Rui Pereira à Lusa, em Vila Franca das Naves, Trancoso, onde inaugurou o novo quartel dos bombeiros locais, que custou 850 mil euros e foi apoiado pelo QREN.

Segundo o governante, “a aposta no QREN significa a possibilidade de aproveitar recursos da União Europeia para construir quartéis, para adquirir viaturas, que são absolutamente indispensáveis para fazer frente às várias calamidades e acidentes” que o país enfrenta.

Rui Pereira disse que o Ministério da Administração Interna vai continuar a recorrer às verbas comunitárias para modernizar os bombeiros e os agentes da protecção civil e recordou que até 2013 está previsto “um investimento “de mais de 200 milhões de euros”.

“Nós já passámos metade desse investimento e vamos continuar a apostar nele”, concluiu.

O ministro inaugurou hoje, em Vila Franca das Naves, um novo quartel de bombeiros “moderno, funcional e com muita dignidade”, que veio substituir um edifício que não possuía condições de operacionalidade.

O comandante dos voluntários, António Ferreira, disse à Lusa que o antigo edifício não passava de “um barracão sem condições”.

Contou que as instalações eram “indignas” e “colocavam em causa a operacionalidade” dos 60 elementos do corpo activo, fundado em 1998.

Na deslocação a Trancoso, o ministro da Administração Interna foi confrontado, por João Rodrigues, vereador na Câmara Municipal e presidente da Assembleia Geral dos bombeiros, com a necessidade de haver um reforço dos efetivos da GNR no posto de Vila Franca Naves.

Rui Pereira reafirmou que, apesar das actuais dificuldades económicas, este ano, o seu Ministério está “a fazer um grande esforço para admitir mais mil guardas da GNR e mais mil agentes da PSP”.

Indicou que após a formação, os novos elementos de segurança serão distribuídos pelo território nacional, consoante as necessidades apontadas pelo Comando Geral da GNR e pela Direcção Nacional da PSP.

“Estamos atentos às necessidades de reforçar o dispositivo territorial das forças de segurança, porque o direito à segurança faz-se com a protecção civil e também com ordem pública e prevenção da criminalidade”, declarou o titular da pasta da Administração Interna.

Fonte: TB online