terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Custos com pessoal deve-se ao crescimento dos meios de emergência no terreno

O presidente do INEM, Miguel Soares Oliveira, afirmou hoje, segunda-feira, que o aumento dos custos com o pessoal no instituto se deveu ao crescimento do número de meios de emergência médica no terreno no âmbito da requalificação das urgências.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) revelou que os custos com pessoal ascenderam, em 2009, a 24,1 milhões de euros, um crescimento de 84% face a 2007. Este aumento resultou do acréscimo de 466 por cento dos custos com pessoal dos quadros da Função Pública e da subida de 203 por cento nos custos com prestações sociais diretas, adianta o relatório. Soares de Oliveira afirmou que o INEM "cresceu muito, com qualidade, implementou no terreno ambulâncias de Suporte Básico de Vida, de Suporte Avançado de Vida e as VMER [viaturas de emergência médica] e isso significou um acréscimo importantíssimo com pessoal. É inegável".

"O que temos de fazer nesta fase sem escamotear esse crescimento e sem retroceder - que significaria reduzir meios, o que nós não pretendemos fazer porque não seria bom para a população - é encontrar novas e sólidas sinergias com os nossos parceiros naturais (bombeiros e unidades de saúde)", adiantou. Para o presidente do INEM, "é possível, é desejável, que a rede de meios do INEM não funcione como uma ilha unicamente pertencente ao INEM, mas como uma ilha com muitas pontes com as unidade de saúde em que a partilha de recursos humanos e financeiros seja uma realidade com ganhos para ambas as partes". Por outro lado, Soares de Oliveira mostrou-se "muito satisfeito" por os anteriores conselhos diretivos terem conseguido "implementar um crescimento tão importante no que diz respeito às ambulâncias de emergência médica".

"Esse acréscimo de 41 por cento é importantíssimo para garantir o socorro à população", frisou. A auditoria do TC identificou situações passíveis de serem melhoradas, algumas das quais o presidente do INEM afirmou que já se encontram em fase de implementação, como o alargamento do programa Desfibrilhação Automática Externa (DAE), a criação de soluções tecnológicas que otimizem a eficácia dos meios e estudos que visam melhorar a gestão da instituição, sem diminuir a qualidade e quantidade do socorro. "Muitas das recomendações já tinham sido identificadas e postas em prática por este Conselho de Administração, que iniciou funções em outubro de 2010", disse
Fonte: DN