terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Distrito de Bragança vai ter Unidade Local de Saúde

O Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) deverá ser extinto ainda este ano.

Os cuidados de saúde no distrito de Bragança estão a ser repensados e para breve está uma reformulação que vai afectar também os centros de saúde.

Uma medida que vai permitir poupar milhões de euros.

O ministério da saúde está a estudar a criação de uma Unidade Local de Saúde no distrito de Bragança.

Em todo o país já funcionam seis, sobretudo no interior.

Esta estrutura vai englobar os três hospitais do distrito e os centros de saúde do ACES Nordeste que ficam todos sob a dependência de uma administração conjunta.

Prevê-se que esta medida vai permitir poupar mais de 12 milhões de euros por ano, o suficiente, por exemplo, para cobrir todo o passivo do CNHE registado em 2009 e que na altura rondou os 10 milhões.

Para além disso vai permitir alterar a forma de financiamento da saúde no distrito, aumentando o valor pago pelo Estado por casa acto médico praticado e equiparando esse valor ao que jé é pago no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, considerando um hospital central.

Desta forma resolve-se um problema criado e assumido pelo Governo, quando reduziu as comparticipações pagas ao CHNE.

Por outro lado, a Unidade Local de Saúde vai também trazer benefícios aos paciente, que passam a ter acompanhamento mais personalizado, já que deixa de haver diferenças entre os sistemas dos cuidados de saúde primários, nos centros de saúde, e os cuidados hospitalares.

Os médicos podem ter acesso a todo o historial clínico do paciente e aos exames já realizados.

Este é outro ponto em que se poderá poupar mais dinheiro, uma vez que há um maior aproveitamento dos recursos públicos de saúde, como os técnicos e os laboratórios, deixando de haver a necessidade de recorrer a serviços privados.

No entanto, a contrapartida deverá ser a extinção definitiva dos médicos à chamada nalguns dos Serviços de Atendimento Permanente.

A nova Unidade Local de Saúde terá uma administração de apenas cinco elementos, em que dois serão gestores e os outros três do corpo clínico.

Mantém-se um representante dos enfermeiros, um director clínico da área hospitalar e outro da área dos centros de saúde.

Fonte: Brigantia