segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Queimadas já acabaram em 384 incêndios este ano

O Verão está muito longe e a Protecção Civil já contabiliza, desde o início do ano, 384 fogos. Só no sábado registaram-se em Portugal 54 incêndios, mas nos últimos dias os bombeiros têm sido chamados em sucessivos alertas de incêndio.

Um fogo de grandes dimensões consumiu ontem uma vasta área de mato e giestas no concelho de Gouveia, em área do Parque Natural da Serra da Estrela, e terá tido origem numa queimada. O alerta para o combate às chamas foi dado às 10.00 de ontem e ao final da tarde o fogo ainda não estava controlado. O comandante dos Bombeiros de Gouveia destacou "a falta de acessos e algum vento" como as maiores dificuldades, disse Carlos Soares.

O incêndio vem juntar-se aos 145 que a Protecção Civil já contabiliza em Fevereiro. Sábado, com 54 ocorrências, foi o dia com mais incêndios desde que o ano começou. De acordo com responsáveis da Protecção Civil, a grande maioria destes "fogos de Inverno são queimadas não controladas. Os agricultores não têm cuidado e o resultado é estes fogos".

Só nos cinco primeiros dias de Fevereiro a Protecção Civil registou 125 incêndios florestais, a grande maioria com origem em queimadas. "Não nos compete apurar as causas dos incêndios, mas grande parte deles são devido a queimadas que foram feitas sem as devidas precauções", disse ao DN um responsável da Protecção Civil.

No distrito de Viseu, o número de queimadas também tem sido "elevado", adiantou o comandante distrital. Apesar disso estas queimadas "obrigam, em muitos casos, a deslocações de bombeiros porque quem vê não se apercebe se é queimada ou não", adiantou César Fonseca. Mas o problema é que "muitas destas queimadas e fogos, que têm áreas reduzidas de mato e floresta, acabam fora das estatísticas oficiais", disse ao DN o responsável pela área dos fogos da Quercus. Domingos Patacho lembrou que "o dispositivo de combate aos fogos está operacional a partir da Primavera e nestes casos o levantamento das áreas ardidas acaba fora das estatísticas oficiais".

Fonte: JN