Em pouco mais de dois meses, os militares fizeram 2710 intervenções de helicóptero logo nos primeiros minutos dos incêndios.
O sucesso no combate aos fogos define-se em 90 minutos. É neste tempo que os militares da GNR devem, através de meios aéreos e terrestres, dominar as chamas num incêndio. De 1 de Julho a 5 de Setembro, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR (GIPS) fez 2710 intervenções de helicóptero - uma média de 40 voos por dia. Só 161 foram consideradas sem sucesso.
"O primeiro ataque é fundamental para que as chamas não propaguem", explica ao DN o tenente-coronel António Paixão, comandante do GIPS, o grupo de militares que intervém essencialmente na primeira fase dos fogos.
O grupo tem sob sua competência onze distritos do País, os restantes são de responsabilidade dos bombeiros canarinhos. Sempre que as torres de vigia ou um qualquer particular alerta o Centro Distrital de Operações de Socorro para um fogo, há ordem para descolar um meio aéreo para o local. "A primeira intervenção cabe aos helicópteros de ataque inicial. São consideradas sem sucesso todas as intervenções em que o fogo não foi combatido em 90 minutos", explica o oficial.
São ainda enviados meios por via terrestre de forma a impedir que as chamas se alastrem. De acordo com os dados a que o DN teve acesso, desde o início de Julho foram feitas 2100 acções por terra. Nestas patrulhas houve 564 incêndios a somar aos 2710 fogos.
No último mês, o GIPS tem sido alvo de críticas por bombeiros e populares que se queixam de falta de visibilidade dos militares. Mas o tenente-coronel defende-se. "O GIPS muitas vezes não é visto porque está empenhado, com outros agentes de protecção civil, no combate inicial e ampliado nas frentes dos teatros de operações", refere.
Entre os dados já reunidos por esta força, constam ainda 1566 saídas de helicópteros para missões que não vieram a concretizar-se: em 819 casos, quando o helicóptero chegou ao local, já o fogo estava extinto; 416 missões foram abortadas por se concluir que não havia necessidade de um meio aéreo; 308 missões revelaram ter havido falso alarme (ou engano no local ou simples brincadeira) e 21 missões foram apenas de reconhecimento.
Nos meses mais quentes do ano, e quando o número de fogos começa a diminuir no País, o comandante elegeu como mais difícil o combate às chamas que durante duas semanas lavraram na serra do Gerês. Foram três dias ininterruptos de combate ao fogo que pôs em perigo a população do Soajo, em Arcos de Valdevez, e que chegou à mata do Cabril.
"Foi complicado. O terreno é difícil e havia o risco de as chamas chegarem a Albergaria, onde se encontram espécies únicas", refere.
No combate às chamas estiveram três secções do GIPS e 25 militares da Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR, que receberam formação de última hora para reforçar o contingente. Estiveram ainda bombeiros de Ponte da Barca, sapadores florestais do parque e militares do exército numa acção em que chegaram a existir momentos de perigo para os combatentes. O serviço foi reconhecido e elogiado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Fonte: DN
O sucesso no combate aos fogos define-se em 90 minutos. É neste tempo que os militares da GNR devem, através de meios aéreos e terrestres, dominar as chamas num incêndio. De 1 de Julho a 5 de Setembro, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR (GIPS) fez 2710 intervenções de helicóptero - uma média de 40 voos por dia. Só 161 foram consideradas sem sucesso.
"O primeiro ataque é fundamental para que as chamas não propaguem", explica ao DN o tenente-coronel António Paixão, comandante do GIPS, o grupo de militares que intervém essencialmente na primeira fase dos fogos.
O grupo tem sob sua competência onze distritos do País, os restantes são de responsabilidade dos bombeiros canarinhos. Sempre que as torres de vigia ou um qualquer particular alerta o Centro Distrital de Operações de Socorro para um fogo, há ordem para descolar um meio aéreo para o local. "A primeira intervenção cabe aos helicópteros de ataque inicial. São consideradas sem sucesso todas as intervenções em que o fogo não foi combatido em 90 minutos", explica o oficial.
São ainda enviados meios por via terrestre de forma a impedir que as chamas se alastrem. De acordo com os dados a que o DN teve acesso, desde o início de Julho foram feitas 2100 acções por terra. Nestas patrulhas houve 564 incêndios a somar aos 2710 fogos.
No último mês, o GIPS tem sido alvo de críticas por bombeiros e populares que se queixam de falta de visibilidade dos militares. Mas o tenente-coronel defende-se. "O GIPS muitas vezes não é visto porque está empenhado, com outros agentes de protecção civil, no combate inicial e ampliado nas frentes dos teatros de operações", refere.
Entre os dados já reunidos por esta força, constam ainda 1566 saídas de helicópteros para missões que não vieram a concretizar-se: em 819 casos, quando o helicóptero chegou ao local, já o fogo estava extinto; 416 missões foram abortadas por se concluir que não havia necessidade de um meio aéreo; 308 missões revelaram ter havido falso alarme (ou engano no local ou simples brincadeira) e 21 missões foram apenas de reconhecimento.
Nos meses mais quentes do ano, e quando o número de fogos começa a diminuir no País, o comandante elegeu como mais difícil o combate às chamas que durante duas semanas lavraram na serra do Gerês. Foram três dias ininterruptos de combate ao fogo que pôs em perigo a população do Soajo, em Arcos de Valdevez, e que chegou à mata do Cabril.
"Foi complicado. O terreno é difícil e havia o risco de as chamas chegarem a Albergaria, onde se encontram espécies únicas", refere.
No combate às chamas estiveram três secções do GIPS e 25 militares da Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR, que receberam formação de última hora para reforçar o contingente. Estiveram ainda bombeiros de Ponte da Barca, sapadores florestais do parque e militares do exército numa acção em que chegaram a existir momentos de perigo para os combatentes. O serviço foi reconhecido e elogiado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Fonte: DN