quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Acaba hoje época mais crítica de incêndios


A época mais crítica em incêndios florestais termina hoje, depois de um Verão marcado pela morte de três bombeiros e a maior área ardida dos últimos quatro anos.

A chamada fase "Charlie" de combate a incêndios começou a 1 de Julho e termina hoje. Durante este período, estiveram operacionais perto de 10 mil elementos, 2177 veículos e 56 meios aéreos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR.

Os fogos florestais não deram tréguas aos bombeiros, sobretudo, na primeira quinzena de Agosto, quando os incêndios consumiram 49.389 hectares de floresta.

Até 15 de Setembro, e de acordo com os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN), os fogos florestais consumiram quase 117 949 hectares, mais 58% do que no mesmo período do ano passado.

Dos quase 118 mil hectares ardidos, 90.818 foram o resultado dos 9.222 incêndios que deflagraram em Agosto.

A área ardida este ano é a maior dos últimos quatro anos, embora esteja longe do que se verificou em 2003 (418.330 hectares) e em 2005 (312.062).

O distrito da Guarda contabiliza a maior área ardida (23.345 hectares), seguindo-se os distritos de Viana do Castelo (19.877), Vila Real (18.751) e Viseu (15.321).

O maior incêndio deflagrou no concelho de São Pedro do Sul (Viseu) e consumiu cinco mil hectares de floresta.

Foi a caminho do combate a este fogo que faleceu um dos três bombeiros mortos este ano. O bombeiro de Alcobaça morreu na sequência do despiste do autotanque de combate a incêndios.

Também um acidente vitimou o segundo comandante dos bombeiros de Cabo Ruivo, que fazia parte de uma equipa que ia combater fogos na zona do Porto.

Outro dos bombeiros mortos foi uma mulher de 20 anos, que pertencia à corporação de Lourosa, Santa Maria da Feira, e estava a combater um incêndio no concelho de Gondomar.

A partir de sexta-feira e até 31 de Outubro, entrará em vigor a fase "Delta" de combate a incêndios florestais, sendo o dispositivo composto por cerca de 5450 elementos e 1230 veículos.
Fonte: Renascença