A grande maioria das ambulâncias ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) opera com técnicos sem formação para o socorro. Mais de metade das tripulações apenas está credenciada para transporte de doentes e não dispõe de conhecimentos para aplicar técnicas de socorro e de emergência, que permitem salvar vidas. A associação e sindicato dos técnicos falam em "compadrio e ilegalidade".
Mais de metade dos serviços de emergência do INEM são feitos com técnicos de transporte e não de socorro, como determina a lei. De acordo com os mapas destes serviços, a que o DN teve acesso, apenas nos distritos de Beja e Coimbra a maioria dos serviços é feita por técnicos de socorro (TAS) formados para controlar hemorragias, efectuar manobras de reanimação cardio-respiratória, realizar partos e imobilizar traumatizados, como determina a lei para as guarnições das ambulâncias de socorro e que operam na emergência.
No resto do País, são os técnicos de ambulância de transporte (TAT), "que apenas podem conduzir a ambulância, quem faz estes serviços", alerta o presidente da Associação de Técnicos de Emergência. Nelson Baptista assegura que "é o próprio INEM que incentiva esta ilegalidade, porque sempre pagou os serviços diferenciando quando são feitos por TAS ou por TAT, que recebem menos 40%".
Nelson Baptista lembra que "foram formados quatro mil TAS mas apenas dois mil estão ao serviço. É preferível pagar menos, com ilegalidades, do que pagar a quem tem formação completa e específica para prestar socorro". No final, "são os sinistrados quem mais sofrem ao não terem os cuidados de emergência que julgam que estão a ter".
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência alerta para uma situação de "compadrio" em que "ao INEM não interessa fiscalizar a formação das tripulações". Ricardo Rocha explica que "o INEM precisa das tripulações da Cruz Vermelha e dos bombeiros e não as pode fiscalizar, porque isso implicava abdicar de grande parte das tripulações".
O sindicalista avisa que "ao efectuar serviços de emergência com TAT não se garante às populações socorro com técnicos credenciados". A esperança reside na nova carreira de técnico de emergência médica que "estará regulamentada no final do ano, para que o socorro de emergência seja feito por quem tem conhecimentos e competências para tal".
O DN pediu esclarecimentos ao INEM, que não foram prestados até ao fecho da edição.
Fonte:DN
Mais de metade dos serviços de emergência do INEM são feitos com técnicos de transporte e não de socorro, como determina a lei. De acordo com os mapas destes serviços, a que o DN teve acesso, apenas nos distritos de Beja e Coimbra a maioria dos serviços é feita por técnicos de socorro (TAS) formados para controlar hemorragias, efectuar manobras de reanimação cardio-respiratória, realizar partos e imobilizar traumatizados, como determina a lei para as guarnições das ambulâncias de socorro e que operam na emergência.
No resto do País, são os técnicos de ambulância de transporte (TAT), "que apenas podem conduzir a ambulância, quem faz estes serviços", alerta o presidente da Associação de Técnicos de Emergência. Nelson Baptista assegura que "é o próprio INEM que incentiva esta ilegalidade, porque sempre pagou os serviços diferenciando quando são feitos por TAS ou por TAT, que recebem menos 40%".
Nelson Baptista lembra que "foram formados quatro mil TAS mas apenas dois mil estão ao serviço. É preferível pagar menos, com ilegalidades, do que pagar a quem tem formação completa e específica para prestar socorro". No final, "são os sinistrados quem mais sofrem ao não terem os cuidados de emergência que julgam que estão a ter".
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência alerta para uma situação de "compadrio" em que "ao INEM não interessa fiscalizar a formação das tripulações". Ricardo Rocha explica que "o INEM precisa das tripulações da Cruz Vermelha e dos bombeiros e não as pode fiscalizar, porque isso implicava abdicar de grande parte das tripulações".
O sindicalista avisa que "ao efectuar serviços de emergência com TAT não se garante às populações socorro com técnicos credenciados". A esperança reside na nova carreira de técnico de emergência médica que "estará regulamentada no final do ano, para que o socorro de emergência seja feito por quem tem conhecimentos e competências para tal".
O DN pediu esclarecimentos ao INEM, que não foram prestados até ao fecho da edição.
Fonte:DN