Um bombeiro da corporação de Alcobaça morreu ontem e outro ficou gravemente ferido no incêndio de São Pedro do Sul.
De 2000 a 2009 morreram em Portugal 59 bombeiros em serviço, a que se juntam duas vítimas mortais este ano. Bombeiros que estavam envolvidos no combate aos fogos florestais. O último, um bombeiro de Alcobaça, morreu ontem no incêndio em S. Pedro do Sul. Os últimos dias têm sido difíceis e obrigaram mesmo ao reforço dos meios do Exército envolvidos no combate aos fogos.
O último acidente mortal ocorreu cerca das 15.30 de ontem, quando o autotanque dos Bombeiros de Alcobaça, deslocado para o local com um grupo de reforço de Leiria, se encontrava a combater as chamas na Estrada da Coelheira, uma zona florestal.
Uma "mudança súbita do vento cercou os bombeiros, que tentaram salvar a viatura", disse ao DN um comandante da Protecção Civil. Enquanto os bombeiros "se refugiaram na área queimada, dois tentaram tirar o carro". A manobra, numa zona montanhosa, "não correu bem. A viatura capotou e os dois bombeiros ficaram encarcerados", adiantou o operacional. Viaturas de desencarceramento, equipas do INEM e ambulâncias deslocaram-se para o local e acabaram por desencarcerar os colegas, perante o perigo iminente de ficarem, também eles, rodeados pelas chamas. Um dos bombeiros morreu no local e outro foi levado para o Hospital de Viseu.
No acidente ficaram ainda feridos três populares que ajudavam no combate às chamas. Instantes depois de os feridos terem sido desencarcerados, a viatura foi "consumida pelas chamas", concluiu o responsável. Em comunicado, a Protecção Civil confirmou a perda do veículo, adiantando que já foi providenciado apoio psicológico a "todos os combatentes".
O acidente vem engrossar a longa lista de bombeiros mortos em serviço nos últimos dez anos: 59 até 2009. Destes, 23 morreram enquanto combatiam um incêndio florestal ou durante a deslocação para o fogo e oito foram vítimas de acidentes de viação quando transportavam doentes.
Só este mês há registo de 25 feridos, além dos dois mortos. No fogo de S. Pedro do Sul houve ainda duas viaturas consumidas pelas chamas. A estes veículos juntam- -se ainda danos graves em viaturas de bombeiros de Penela, Cabo Ruivo e Marco de Canaveses.
Ontem, num dia em que as chamas voltaram a não dar tréguas, a PJ anunciou a detenção de quatro incendiários. Em Armamar foram presos três suspeitos da prática de fogo posto. Em Marco de Canaveses foi detido um homem, de 43 anos, presumível autor de um crime de incêndio florestal, ocorrido no domingo.
No terreno, as chamas obrigaram ao reforço dos meios do Exército, que enviou 250 homens para ajudar no combate às chamas em Arcos de Valdevez, Terras de Bouro e S. Pedro do Sul, onde o incêndio "cedeu à acção dos bombeiros", disse o segundo-comandante nacional da Protecção Civil. José Codeço salientou, no entanto, que devido à vasta área ardida, o incêndio "terá vigilância apertada". Ainda no distrito de Viseu mantinha-se activo um incêndio em Tabuaço, que lavra desde sexta-feira.
Já o fogo que lavra desde sábado no Parque Nacional da Peneda--Gerês atingiu ontem o distrito de Viana do Castelo. À hora do fecho desta edição continuava por extinguir. No distrito havia ainda fogos em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima. Dois outros fogos estavam por dominar em Vila Real.
Domingo foi o pior dia do ano, com 501 incêndios, mas, ao início da noite de ontem, estavam contabilizados 400. Uma "situação difícil mas a que o dispositivo tem sabido corresponder", garantiu o ministro da Administração Interna.
Fonte: DN
De 2000 a 2009 morreram em Portugal 59 bombeiros em serviço, a que se juntam duas vítimas mortais este ano. Bombeiros que estavam envolvidos no combate aos fogos florestais. O último, um bombeiro de Alcobaça, morreu ontem no incêndio em S. Pedro do Sul. Os últimos dias têm sido difíceis e obrigaram mesmo ao reforço dos meios do Exército envolvidos no combate aos fogos.
O último acidente mortal ocorreu cerca das 15.30 de ontem, quando o autotanque dos Bombeiros de Alcobaça, deslocado para o local com um grupo de reforço de Leiria, se encontrava a combater as chamas na Estrada da Coelheira, uma zona florestal.
Uma "mudança súbita do vento cercou os bombeiros, que tentaram salvar a viatura", disse ao DN um comandante da Protecção Civil. Enquanto os bombeiros "se refugiaram na área queimada, dois tentaram tirar o carro". A manobra, numa zona montanhosa, "não correu bem. A viatura capotou e os dois bombeiros ficaram encarcerados", adiantou o operacional. Viaturas de desencarceramento, equipas do INEM e ambulâncias deslocaram-se para o local e acabaram por desencarcerar os colegas, perante o perigo iminente de ficarem, também eles, rodeados pelas chamas. Um dos bombeiros morreu no local e outro foi levado para o Hospital de Viseu.
No acidente ficaram ainda feridos três populares que ajudavam no combate às chamas. Instantes depois de os feridos terem sido desencarcerados, a viatura foi "consumida pelas chamas", concluiu o responsável. Em comunicado, a Protecção Civil confirmou a perda do veículo, adiantando que já foi providenciado apoio psicológico a "todos os combatentes".
O acidente vem engrossar a longa lista de bombeiros mortos em serviço nos últimos dez anos: 59 até 2009. Destes, 23 morreram enquanto combatiam um incêndio florestal ou durante a deslocação para o fogo e oito foram vítimas de acidentes de viação quando transportavam doentes.
Só este mês há registo de 25 feridos, além dos dois mortos. No fogo de S. Pedro do Sul houve ainda duas viaturas consumidas pelas chamas. A estes veículos juntam- -se ainda danos graves em viaturas de bombeiros de Penela, Cabo Ruivo e Marco de Canaveses.
Ontem, num dia em que as chamas voltaram a não dar tréguas, a PJ anunciou a detenção de quatro incendiários. Em Armamar foram presos três suspeitos da prática de fogo posto. Em Marco de Canaveses foi detido um homem, de 43 anos, presumível autor de um crime de incêndio florestal, ocorrido no domingo.
No terreno, as chamas obrigaram ao reforço dos meios do Exército, que enviou 250 homens para ajudar no combate às chamas em Arcos de Valdevez, Terras de Bouro e S. Pedro do Sul, onde o incêndio "cedeu à acção dos bombeiros", disse o segundo-comandante nacional da Protecção Civil. José Codeço salientou, no entanto, que devido à vasta área ardida, o incêndio "terá vigilância apertada". Ainda no distrito de Viseu mantinha-se activo um incêndio em Tabuaço, que lavra desde sexta-feira.
Já o fogo que lavra desde sábado no Parque Nacional da Peneda--Gerês atingiu ontem o distrito de Viana do Castelo. À hora do fecho desta edição continuava por extinguir. No distrito havia ainda fogos em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima. Dois outros fogos estavam por dominar em Vila Real.
Domingo foi o pior dia do ano, com 501 incêndios, mas, ao início da noite de ontem, estavam contabilizados 400. Uma "situação difícil mas a que o dispositivo tem sabido corresponder", garantiu o ministro da Administração Interna.
Fonte: DN