A freguesia do Soajo que foi assolada por um incêndio de sete dias, de 10 a 17 de Agosto, que destruiu cerca de quatro mil hectares de floresta e que chegou a colocar em risco dezenas de casa, viveu entretanto as sua festa maior (de 12 a 15) sem dispensar o fogo de artifício.
À semelhança desta vila serrana, cuja paisagem está agora reduzida a cinzas negras, toda a região do Alto Minho parece não dispensar os espectáculos pirotécnicos nas suas festas, apesar das recomendações das autoridades ligadas à Protecção Civil e aos bombeiros, para que em época de incêndios o fogo de artifício “seja restringido ao máximo”.
Isso mesmo confirmou ontem o Governador Civil do distrito de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, que há dias viu as gentes do Soajo divididas entre a preocupação com as labaredas perto das casas e empenhadas em viver as suas tradicionais festividades, com tudo a que estão habituadas.
“Passei por acaso no Soajo e vi as pessoas com preocupação, mas ao mesmo tempo a montar as tendas e a fazer a festa. Isto faz parte da nossa cultura, as pessoas não abdicam de fazer a festa, mesmo às vezes estando de luto. Aquela população foi avassalada pelo fogo durante vários dias, passou momentos difíceis, mas mesmo assim não prescindiu de fazer a festa e, pelo que sei, de lançar fogo de artifício. Creio que o terão feito em condições de segurança”, declarou Pita Guerreiro, admitindo que este tipo de situação seja replicado um pouco por todas as freguesias e lugares da região durante o mês de Agosto, que no Alto Minho é sinónimo de festas e romarias.
“Admito que não abdiquem porque é de tradição e porque não há festa sem foguetes. É assim que o povo diz”, afirmou, sublinhando o cuidado que algumas organizações terão em realizar as sessões de fogo em condições de segurança máxima. “Algumas comissões de festas pedem e pagam a presença dos bombeiros com receio que o local não seja suficientemente seguro e que na sequência do lançamento do fogo possa haver qualquer incêndio”, frisou.
O comandante distrital da Protecção Civil de Viana do Castelo, Costeira Antunes confirmou ontem que, durante o período mais crítico dos incêndios na região, se verificaram situações em que “estavam em curso vários fogos e nessas localidades o fogo de artificio não desapareceu”, tendo uma delas sido na freguesia de Soajo, onde o grande incêndio recente “coincidiu com as festas”.
Costeira Antunes acrescentou que durante as reuniões tidas com as diversas autoridades por causa dos incêndios foram feitas “recomendações às câmaras para que o fogo de artifício fosse restringido ao máximo”, afirmando, contudo, desconhecer se estas foram tidas em conta pelos municípios e respectivas comissões de festas.
De acordo com a lei em vigor, é proibido em todos os espaços rurais, durante o período crítico - leia-se época oficial de fogos -, o “lançamento de foguetes, de balões com mecha acesa e qualquer tipo de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos não são permitidos, excepto quando não produzam recaída incandescente”.
Para o Governador Civil de Viana do Castelo restringir a pirotecnia nas festas além do que está estipulado pela legislação vigente seria impensável. “Somos uma região de romarias e de festas e estar a fazer a proibição total do fogo não seria aceitável”, frisou Pita Guerreiro.
À semelhança desta vila serrana, cuja paisagem está agora reduzida a cinzas negras, toda a região do Alto Minho parece não dispensar os espectáculos pirotécnicos nas suas festas, apesar das recomendações das autoridades ligadas à Protecção Civil e aos bombeiros, para que em época de incêndios o fogo de artifício “seja restringido ao máximo”.
Isso mesmo confirmou ontem o Governador Civil do distrito de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, que há dias viu as gentes do Soajo divididas entre a preocupação com as labaredas perto das casas e empenhadas em viver as suas tradicionais festividades, com tudo a que estão habituadas.
“Passei por acaso no Soajo e vi as pessoas com preocupação, mas ao mesmo tempo a montar as tendas e a fazer a festa. Isto faz parte da nossa cultura, as pessoas não abdicam de fazer a festa, mesmo às vezes estando de luto. Aquela população foi avassalada pelo fogo durante vários dias, passou momentos difíceis, mas mesmo assim não prescindiu de fazer a festa e, pelo que sei, de lançar fogo de artifício. Creio que o terão feito em condições de segurança”, declarou Pita Guerreiro, admitindo que este tipo de situação seja replicado um pouco por todas as freguesias e lugares da região durante o mês de Agosto, que no Alto Minho é sinónimo de festas e romarias.
“Admito que não abdiquem porque é de tradição e porque não há festa sem foguetes. É assim que o povo diz”, afirmou, sublinhando o cuidado que algumas organizações terão em realizar as sessões de fogo em condições de segurança máxima. “Algumas comissões de festas pedem e pagam a presença dos bombeiros com receio que o local não seja suficientemente seguro e que na sequência do lançamento do fogo possa haver qualquer incêndio”, frisou.
O comandante distrital da Protecção Civil de Viana do Castelo, Costeira Antunes confirmou ontem que, durante o período mais crítico dos incêndios na região, se verificaram situações em que “estavam em curso vários fogos e nessas localidades o fogo de artificio não desapareceu”, tendo uma delas sido na freguesia de Soajo, onde o grande incêndio recente “coincidiu com as festas”.
Costeira Antunes acrescentou que durante as reuniões tidas com as diversas autoridades por causa dos incêndios foram feitas “recomendações às câmaras para que o fogo de artifício fosse restringido ao máximo”, afirmando, contudo, desconhecer se estas foram tidas em conta pelos municípios e respectivas comissões de festas.
De acordo com a lei em vigor, é proibido em todos os espaços rurais, durante o período crítico - leia-se época oficial de fogos -, o “lançamento de foguetes, de balões com mecha acesa e qualquer tipo de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos não são permitidos, excepto quando não produzam recaída incandescente”.
Para o Governador Civil de Viana do Castelo restringir a pirotecnia nas festas além do que está estipulado pela legislação vigente seria impensável. “Somos uma região de romarias e de festas e estar a fazer a proibição total do fogo não seria aceitável”, frisou Pita Guerreiro.
Fonte: JN