Segundo a agência europeia, este mês arderam 94 016 ha, ultrapassando todos os anos desta década com excepção de 2003 e 2005. Esta área excede em muito os dados da AFN.
Só em Agosto arderam em Portugal 940 16 hectares, o equivalente a outros tantos campos de futebol. Os números são do Sistema Europeu de Fogos Florestais (EFFIS) e tem por base 224 fogos ocorridos neste mês. Só este ano, "excluindo matos, ardeu tanta floresta como em 2003 ou 2005", avisam os produtores florestais. No terreno, as chamas estão de regresso sobre-tudo em Vila Real onde há incêndios activos desde sábado. Num deles a PJ deteve um alegado incendiário.
Os dados recentemente disponibilizados pelo EFFIS confirmam o que para muitos já era claro: o ano de 2010 é dos piores na última década em termos de incêndios florestais. Segundo o EFFIS, em Agosto arderam 94016 ha, ultrapassando todos os anos desta década com excepção de 2003 e 2005. Esta área excede em muito os 71687 hectares de área ardida contabilizados pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), desde o início do ano e até 15 de Agosto, que consta do último relatório publicado. Desde o início do Verão o EFFIS contabilizou 100 500 ha, valor superior à média dos últimos dez anos, que a AFN sustenta ser de 30 962 ha.
Os incêndios florestais deste ano têm tido também grande incidência nas áreas protegidas, proporcionalmente mais atingidas do que zonas que não têm especial interesse em termos ecológicos. Só nos parques naturais da Peneda-Gerês e da serra da Estrela arderam neste mês de Agosto mais de 13 000 hectares, valor que já supera os registados em 2009. Os dados do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) revelam que em Agosto quase 12% da área do Parque Natural da Peneda-Gerês, num total de 8162 hectares, ardeu. Na Estrela são cinco mil hectares que correspondem a 5,52 por cento da área total.
Mas o regresso dos fogos elevou de novo as áreas ardidas. Só o incêndio de Almeida, que começou sábado e foi dado como extinto no domingo, consumiu 5058 ha. Números que tornam o ano de 2010 "um dos piores dos últimos anos", avisa o secretário-geral do Fórum Florestal, que garante que "grande parte desta área é florestal e é quase tanta, ou mais, que a registada nos anos de 2003 e 2005, tidos como os piores anos de sempre". Hugo Jóia avisa que "muitos proprietários, à semelhança do que acontece no Algarve, estão a deixar de fazer a reflorestação".
Também nos bombeiros "as contas ainda não estão feitas e há muitos prejuízos para contabilizar", diz o presidente da Federação dos Bombeiros da Guarda, o distrito que acumula mais área ardida. Gil Barreiros aponta "uma enorme despesa com reparações, combustíveis e alimentação que as corporações pagam e que depois receberão no próximo ano".
Ontem, ao início da noite, a Protecção Civil somava 233 fogos, dos quais 20 estavam fora de controlo. A maior parte dos fogos lavrava no Norte do País, principalmente, no distrito de Vila Real, onde se concentravam também as ocorrências mais graves. No distrito transmontano, os bombeiros lutavam contra as chamas em oito locais diferentes. Só em Sabrosa, 140 homens, apoiados por 39 viaturas e quatro meios aéreos, combatiam as chamas num incêndio com três frentes activas e que começou no sábado. Aqui, a PJ deteve um indivíduo como presumível autor do incêndio, elevando para 30 o número de incendiários florestais detidos este ano.
A Protecção Civil destacava, ainda, três incêndios fora do distrito: um em Serradela, concelho de Vieira do Minho, outro em Chainça, concelho de Penela e outro em Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu. Para hoje, a Protecção Civil mantém em vigor o alerta amarelo, o segundo mais grave de uma escala de quatro.
Fonte: DN
Só em Agosto arderam em Portugal 940 16 hectares, o equivalente a outros tantos campos de futebol. Os números são do Sistema Europeu de Fogos Florestais (EFFIS) e tem por base 224 fogos ocorridos neste mês. Só este ano, "excluindo matos, ardeu tanta floresta como em 2003 ou 2005", avisam os produtores florestais. No terreno, as chamas estão de regresso sobre-tudo em Vila Real onde há incêndios activos desde sábado. Num deles a PJ deteve um alegado incendiário.
Os dados recentemente disponibilizados pelo EFFIS confirmam o que para muitos já era claro: o ano de 2010 é dos piores na última década em termos de incêndios florestais. Segundo o EFFIS, em Agosto arderam 94016 ha, ultrapassando todos os anos desta década com excepção de 2003 e 2005. Esta área excede em muito os 71687 hectares de área ardida contabilizados pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), desde o início do ano e até 15 de Agosto, que consta do último relatório publicado. Desde o início do Verão o EFFIS contabilizou 100 500 ha, valor superior à média dos últimos dez anos, que a AFN sustenta ser de 30 962 ha.
Os incêndios florestais deste ano têm tido também grande incidência nas áreas protegidas, proporcionalmente mais atingidas do que zonas que não têm especial interesse em termos ecológicos. Só nos parques naturais da Peneda-Gerês e da serra da Estrela arderam neste mês de Agosto mais de 13 000 hectares, valor que já supera os registados em 2009. Os dados do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) revelam que em Agosto quase 12% da área do Parque Natural da Peneda-Gerês, num total de 8162 hectares, ardeu. Na Estrela são cinco mil hectares que correspondem a 5,52 por cento da área total.
Mas o regresso dos fogos elevou de novo as áreas ardidas. Só o incêndio de Almeida, que começou sábado e foi dado como extinto no domingo, consumiu 5058 ha. Números que tornam o ano de 2010 "um dos piores dos últimos anos", avisa o secretário-geral do Fórum Florestal, que garante que "grande parte desta área é florestal e é quase tanta, ou mais, que a registada nos anos de 2003 e 2005, tidos como os piores anos de sempre". Hugo Jóia avisa que "muitos proprietários, à semelhança do que acontece no Algarve, estão a deixar de fazer a reflorestação".
Também nos bombeiros "as contas ainda não estão feitas e há muitos prejuízos para contabilizar", diz o presidente da Federação dos Bombeiros da Guarda, o distrito que acumula mais área ardida. Gil Barreiros aponta "uma enorme despesa com reparações, combustíveis e alimentação que as corporações pagam e que depois receberão no próximo ano".
Ontem, ao início da noite, a Protecção Civil somava 233 fogos, dos quais 20 estavam fora de controlo. A maior parte dos fogos lavrava no Norte do País, principalmente, no distrito de Vila Real, onde se concentravam também as ocorrências mais graves. No distrito transmontano, os bombeiros lutavam contra as chamas em oito locais diferentes. Só em Sabrosa, 140 homens, apoiados por 39 viaturas e quatro meios aéreos, combatiam as chamas num incêndio com três frentes activas e que começou no sábado. Aqui, a PJ deteve um indivíduo como presumível autor do incêndio, elevando para 30 o número de incendiários florestais detidos este ano.
A Protecção Civil destacava, ainda, três incêndios fora do distrito: um em Serradela, concelho de Vieira do Minho, outro em Chainça, concelho de Penela e outro em Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu. Para hoje, a Protecção Civil mantém em vigor o alerta amarelo, o segundo mais grave de uma escala de quatro.
Fonte: DN