terça-feira, 10 de agosto de 2010

Subchefe João Pombo era um homem que amava os bombeiros


A notícia do acidente em S. Pedro do Sul chegou cedo ao quartel de Alcobaça. Demorada foi a confirmação da morte do subchefe João Pombo e do estado dos restantes quatro bombeiros que seguiam no autotanque táctico da corporação.


"Começaram por dizer que havia um ferido grave, depois que tinha morrido o condutor, só mais tarde tivemos a confirmação de quem tinha morrido era o chefe da viatura e não o condutor".
As explicações são dadas pelo presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Alcobaça. Perante a consternação e o silêncio dos elementos da corporação - para quem foi disponibilizado apoio psicológico -, coube a Antero Campos falar "de um homem que pertence a uma família que tem uma autêntica devoção e amor pelos bombeiros". Profissional da corporação, João Pombo era "uma pessoa extrovertida".
"Estamos todos em choque. Mas o que importa realçar é o espírito de grupo destes bombeiros", frisou o segundo-comandante Distrital de Operações e Socorro de Leiria. Segundo Carlos Guerra, "as corporações vizinhas disponibilizaram-se para assegurar os serviços deles, mas estes bombeiros uniram-se, apoiaram-se mutuamente e continuaram a trabalhar" num quartel vestido de luto e cuja bandeira já se encontra a meia haste.
Na viatura seguiam o sobrinho e o cunhado de João, que sofreram ferimentos ligeiros. Os cinco bombeiros de Alcobaça faziam parte de uma coluna de 22 elementos de corporações do distrito de Leiria que ajudavam no combate ao fogo. Todos eles regressaram ontem à noite a casa. "Ninguém estava em condições psicológicas de continuar por lá", assegurou Carlos Guerra.


Fonte: JN

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